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domingo, 29 de janeiro de 2006
"O chimpanzé humano"
Periodicamente vem à baila a discussão sobre o grau de “parentesco” do Homem com outros primatas. Não vale a pena remontarmos ao momento da publicação da famosa obra de Charles Darwin que escandalizou o mundo vitoriano, e não só, ao proclamar origens comuns com os “macacos”.
Recentemente, os cientistas demonstraram que, além de partilharmos 99,4% da sequência funcional do ADN com duas espécies de chimpanzés (chimpanzé comum e chimpanzé pigmeu), a cultura, atributo considerado como exclusivo dos seres humanos, também está presente nestes animais. De facto, o nosso ancestral comum está muito mais próximo do que se julgava, 1 milhão de anos versus os anteriores 7 milhões. A esperança de vida ronda os 40 e os 50 anos e têm uma gravidez de oito meses e levam também bastante tempo a atingir a maturação sexual.
O género Homo só tem uma espécie: a sapiens. Coloca-se a possibilidade de incluir no nosso género, os nossos antecessores hominídeos, assim como as duas espécies de chimpanzés já referidas.
As consequências desta inclusão são para alguns cientistas muito relevantes, nomeadamente por exigir uma postura diferente da actual. Deste modo, os chimpanzés adquiriam mais direitos, tais como: não serem sujeitos a experiências médicas, poderem garantir a sua sobrevivência, e, quem sabe, até terem “territórios próprios”.
Na Nova Zelândia, o governo já recebeu uma petição pedindo a criação de direitos para os chimpanzés.
Não sei como seriam estabelecidas as relações diplomáticas! Mas, se não se concretizar a “hominização” das duas espécies em causa, o que seria uma forma de manifestação de humildade por parte dos seres humanos, então podemos recorrer ao inverso.
Jared Diamond, notável fisiologista, ecologista e ornitólogo norte-americano, descrevia, há uma dúzia de anos, que o Homem deveria ser considerado como o Terceiro Chimpanzé. Na altura, já propunha três espécies do género Homo: o Homo troglodytes (chimpanzé comum) o Homo paniscus (chimpanzé pigmeu) e o Homo sapiens (chimpanzé humano).
Não sei qual é a opinião dos chimpanzés, mas, estes provavelmente não se oporiam a que fossemos “chimpanzénizados”! E daí não sei! Face ao que os homens costumam fazer…
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2 comentários:
Bem, com esse nome científico, o chimpazé pigmeu vai opor-se de certeza....
A cultura foi também observada nos macacos japoneses que hoje salgam a batata doce na água do mar, invenção de uma macaca observada pelo homem e que, depois, foi sendo transmitida de geração em geração. A mesma macaca que descobriu que o arroz misturado com areia se pode lavar. Já se chegou à conclusão que a cultura afinal não é tão "elevada"
(foi até observada nalguns candidatos presidênciais....:))
No chimpazé foi observado um comportamento, esse sim, exclusivamente humano - o sexo social. As únicas expécies que têm relações sexuais sem o objectivo da reprodução, são o homem e o chimpazé ( e agora que o chimpazé também sabe pintar se o ensinarem, esperam-se grandes feitos na pornografia símia...)
È a prova científica de as pessoas influenciam o incosnciente coletivo, dáí os modismos e a necessidade de praticar açoes retas.
(Mateus 7:12) - Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
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