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sábado, 7 de janeiro de 2006

Inês


Uma rosa para Inês
Faz hoje 650 anos que D. Pedro I, que andava a caçar para os lados de Penacova, foi avisado da execução da sua amada Inês…


Estavas, linda Inês, posta em sossego,
de teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano de alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos de Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
……………………………………………………..
As filhas do Mondego, a morte escura
Longo tempo chorando memoraram
E por memória eterna em fonte pura
As Lágrimas choradas transformaram
O nome lhe puseram que ainda dura
Dos amores de Inês que ali passaram
Vede que fresca fonte rega as flores
Que as Lágrimas são água e o nome amores

(Os Lusíadas, Canto III)

2 comentários:

Tonibler disse...

E que deu um belo Hotel, por sinal...


(uma pequena nota de insensibilidade...)

Suzana Toscano disse...

Esta é sem dúvida uma das mais bonitas versões desta história...