Estamos a precisar de boas notícias. Por isso, cada vez que lemos uma, rejubilamos. Escreve-se no DN que 91% dos senhores magistrados judiciais avaliados em 2008 tiveram classificação de ´bom´ e melhor que ´bom´. Tratando-se de uma amostra significativa da magistratura, creio que a partir de agora podemos por de lado os nossos piores receios. Não é, pois, por causa da falta de bons juízes que a Justiça está como está. E tudo quanto para aí vai aparecendo de aparentemente absurda aplicação das leis, não é afinal mais do que a núvem tomada por Juno. O País tem justas razões para se sentir aliviado. Porque mais uma vez se confirma que o problema não está nos bons aplicadores da lei, assim julgados e certificados; está na má qualidade das leis. Quem o não sabia já?
4 comentários:
Um dos bons exemplos da asneira que é fazer-se da gestão um conhecimento em si mesmo é a avaliação de trabalhadores. Fica bem num power point e a ignorância aceita-se como um processo que faz todo o sentido. A verdade é que não faz sentido nenhum e na verdade é, quase invariavelmente, uma justificação para os responsáveis se demitirem das suas responsabilidades. Adicione-se a isto o factor "funcionalismo público" e o resultado é este.
Como diria um amigo meu, temos a melhor fábrica do mundo de coletes salva-vidas em betão armado. As pessoas vão ao fundo, mas os coletes são muito bons.
Não percebo é porque é que uns são avaliados (13%) e outros (87%) não são. Ou então a avaliação não é o que estamos a pensar e segue um critério qualquer que nos escapa.
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