Quando uma povoação se desertifica de gente, como hoje acontece na Capital, as mazelas parece que vêm "ó de cima": sai-se á rua, não se vê gente...vê-se a cidade ao pormenor!
A sensação é semelhante àquela que se tem quando desfazemos uma casa, bonita e confortavel e a olhamos vazia, pronta a nos mostrar todos os defeitos que já lá estavam e nós pouco reparavamos.
O dever de cuidar não pode ser só das estruturas autárquicas, mesmo imaginando-as de grande zelo, não há aprumo que se imponha à incivilização geral e instalada dos habitantes e transeuntes.
E esta incivilização marca-nos: deita-se lixo em qualquer parte, atira-se para qualquer canto, rua, quintal, terraço do vizinho de baixo, através de qualquer janela...dias seguidos a passarmos nos mesmos sítios e a vermos os mesmos sacos, a mesma roupa velha, os mesmos papelões, as mesmas latas e garrafas, as mesmas velharias que alguém decidiu pôr à porta sem tratar dos procedimentos adequados.
A recolha de lixo faz-se automática, feita por autómatos, incapazes de se desviarem da "job-description" do seu manual de tarefas e, portanto, incapazes da recolha de outro qualquer sedimento que esteja fora de um contentor de lixo, mesmo que ali ao lado!
Já ninguém acompanha os carros de recolha de lixo, com uma pá e uma vassoura manuais, como dantes e, como na maioria das cidades por essa europa fora, ainda se pratica.
São raros os passeios de Lisboa sem mazelas: pedras soltas da calçada, perigosas irregularidades causadas pelas raízes das árvores mais velhas, pilaretes dos passeios atirados abaixo e por lá "jazendo" por tempos infinitos, sujidade acumulada de anos e anos sem ver um jacto de lavagem, ervas de altura e de estética pouco recomendável...um rol de desmazelos, que chamam mais desmazelo.
Educação cívica, também nos mais novos, não existe, basta passar junto a escolas secundárias ou a MacDonald's!
Os curtos períodos pre-eleitorais tentam sempre uma cosmética, mas não chega, passa logo...porque as soluções são outras.
5 comentários:
Vai ver,cara DrªClara Carneiro que os munícipes Olisiponenses, migraram no dia de hoje(so por hoje) até Scalabis, exclusivamente para ouvir as palavras sérias e directas do Presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal, António Barreto.
O Sociólogo,militante do Partido Socialista,pediu às sociedades, desafiou associedades, avisou as sociedadesque a mudança só é possível se resultar do exemplo...
Clara
Há muito tempo que a cidade de Lisboa está desmazelada, suja, desorganizada. Está num processo acelerado de decadência . Este estado de coisas tem que ver com as sucessivas presidências camarárias mais interessadas nas grandes obras e nas disputas políticas, daqui decorrendo um incentivo ao desinteresse por parte dos habitantes de Lisboa em tomarem o gosto de querer viver numa cidade bonita. Como pano de fundo destes comportamentos temos, como não poderia deixar de ser, o problema de sempre que é o da educação (ou falta dela) no sentido mais lato do termo.
Enquanto continuarmos com a mentalidade de que desenvolver Lisboa passa por construir mais betão só iremos piorar as coisas, tornando Lisboa num local cada vez menos apelativo para viver e passear.
Acresce, ainda, que não existe, como aliás acontece em relação ao País, uma visão estratégica para a cidade de Lisboa.
Finalmente, não nos podemos esquecer que Lisboa é a capital de Portugal e que, portanto, funciona como um "cartão de visita" do País! As referências, de facto, não são as melhores!
Pois é, Margarida, lá voltamos nós...e sempre, à Educação!
Caro Bartolomeu, mas olhe que os Scalabitanos estavam ontem mto orgulhosos e engalanados, mas não era para vêr o "exemplo" do presidente das cerimónias do 10 de Junho....era "para vêr o Cavaco" (como um velhotinha disse na televisão).
Tambem, cara Drª, tambem, e aos militares, muito alinhadinhos e aos políticos que passavam nas "altas bombas" «olha aquele... é o ministro da... ai qual é aquele!!?? é o da administração interna... não, nãó é nada, esse é o da... ai cagora numalembra... olha aquele, aquele é qual?! aquele é o... aiiii... olha, olha a da educação... e aquele? aquele é o Socras...hãnnn!!?
é pois é o Socras, nã é nada o Socras... é pois! aquele é o Socras... e a quele é Môta Flores é o da Câmbra...)
Bôa, bôa...tou mesmo a vêr este seu diálogo "ò vivo"...
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