A soleníssima declaração do Presidente do Governo Regional dos Açores de que não se recandidataria foi ontem e hoje fartamente repetida em todos os telejornais principais e intercalares como grande acontecimento nacional. Que isto de ser Presidente de uma Região, com governo local, assembleia de deputados, autonomia a rodos e a dar com pau é coisa de suma importância. Mesmo sumaríssima!... Tudo devido ao aprofundamento da democracia, que nessa matéria de democracia na profundidade a nossa Constituição é um verdadeiro compêndio.
Bom, pus-me a fazer comparações e verifiquei que o Presidente reina sobre uma população um pouco maiorzita do que a da cidade do Cacém. Por isso, tenho a enorme e secreta esperança de que o Presidente da Junta desse subúrbio lisboeta decida não se recandidatar nas próximas Autárquicas e faça declaração semelhante à do Presidente dos Açores.
E será certamente serviço público de primeira grandeza dar a conhecer aos portugueses as decisões pessoais do Presidente da Junta.
Nota: Em meu próprio abono e para afastar interpretações injustas, também deixo uma declaração: declaro que não é minha intenção criticar a autonomia açoreana (nem a madeirense, claro está...) nunca pensaria em tal, mas apenas a comunicação social que não dá relevo ao Presidente da Junta do Cacém. Ilhas por ilhas, também o Cacém tem as suas: é mesmo um verdadeiro arquipélago onde diversas culturas, etnias, religiões vivem e convivem, se defrontam e, por vezes, confrontam. Situações a que o Presidente da Junta tem que acudir.
Bom, pus-me a fazer comparações e verifiquei que o Presidente reina sobre uma população um pouco maiorzita do que a da cidade do Cacém. Por isso, tenho a enorme e secreta esperança de que o Presidente da Junta desse subúrbio lisboeta decida não se recandidatar nas próximas Autárquicas e faça declaração semelhante à do Presidente dos Açores.
E será certamente serviço público de primeira grandeza dar a conhecer aos portugueses as decisões pessoais do Presidente da Junta.
Nota: Em meu próprio abono e para afastar interpretações injustas, também deixo uma declaração: declaro que não é minha intenção criticar a autonomia açoreana (nem a madeirense, claro está...) nunca pensaria em tal, mas apenas a comunicação social que não dá relevo ao Presidente da Junta do Cacém. Ilhas por ilhas, também o Cacém tem as suas: é mesmo um verdadeiro arquipélago onde diversas culturas, etnias, religiões vivem e convivem, se defrontam e, por vezes, confrontam. Situações a que o Presidente da Junta tem que acudir.
7 comentários:
Esta não parece tua, António.
Caro Rui:
Se achas que poderia fazer melhor, estimulas-me.
Mas olha que há por aí muita construção artificial, com o hábito já tida como real, e que só por caricatura se torna inteligível.
Um presidente inteligente e esperto.
Não tivesse surgido a crise e o garrote financeiro,
lá estaria para continuar a esforçar-se pelo povo dos Açores.
Lá se vai mais um dos pequenos césares dos Açores.
Não me parece que se possa, mesmo caricaturalmente, comparar-se a importância de um Governo Regional de 9 ilhas (bem bonitas) com as responsabilidades das juntas de freguesia.
Quando a estas, é minha convicção que, por várias razões, era melhor acabar com todas, e criar ao mesmo tempo Comissões de Representantes das freguesias, não remuneradas, para a defesa dos interesses dos fregueses nas Assembleias Municipais.
A propósito: Tentei consultar o site da Junta de Freguesia do Cacém mas está em remodelação. Tentei consultar o site da minha Junta de Freguesia, fiquei a saber que tem um autocarro, e pouco mais. Contas, não as encontrei. Deixei já várias vezes sugestão para que as publicassem, e nada.
Se o César, que eu não ouvi nem li, quis chegar a algum lado com essa declaração que referiste, não sei. Tenho pouco ou nenhum apreço por ele.
Mas, certamente, não foi nada que se compare com as exibições frequentemente insolentes, a que é difícil escapar, do seu par madeirense.
Caro Rui:
Não está em causa a beleza dos Açores e, muito menos, estão em causa a realidade e até a especificidade açoreanas. O que eu coloco em causa, e acho que é legítimo, é o tipo de regionalização que se fez, que permite que surjam verdadeiros contra-poderes, atropelos e abusos incompreensíveis, como aquele que aconteceu com os Açores, em que a própria Assembleia da República não pode legislar sobre a Região sem prévio acordo desta. Isto é, os órgãos regionais sobrepõem-se aos órgãos nacionais. Uma vergonha, mas que traz ainda mais enfatuados os dirigentes locais.
"O que eu coloco em causa, e acho que é legítimo, é o tipo de regionalização que se fez"
Nisto concordo contigo.
Eu sabia, caro Rui!...
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