Número total de visualizações de páginas

domingo, 30 de outubro de 2011

Um domingo à moda antiga

Hoje dediquei esta linda tarde de Outono a actividades domésticas à moda antiga. De manhã fui à piscina, nadei uma hora e foi uma beleza, aquele solzinho morno, a água transparente e pouca gente a competir pela faixa que tem bóias de um lado e de outro, a única que permite treinar de costas sem chocar com outros campeões. Soube-me muito bem e tenho que reconhecer que é um exercício fantástico, sobretudo quando não sou obrigada a ir de madrugada!
Regressei a casa retemperada e disposta a arrumar os armários, trocar as roupas de Verão pelas de Inverno e dar uma volta às gavetas, uma tarefa que exige determinação. Gosto imenso de fazer esta troca quando acaba o Inverno, ir buscar as roupas leves de Verão é uma espécie de antecipação dos dias de calor, do tempo mais livre, dos fins de semana a jardinar ou a pôr a mesa para o jantar no alpendre, a ouvir as cigarras. Mas agora é arrumar os dias bons e trazer de volta as roupas pesadas e quentes, prepararmo-nos para o Inverno é sempre mais tristonho, mas pronto, o tempo frio também tem os seus encantos. Um dos encantos do Outono é que é a altura de tirar rendimento dos magníficos marmelos que, uma vez mais, chegaram ali dos lados de Colares, o meu amigo Pinho Cardão tem a generosidade de partilhar com os amigos aqueles belos frutos e há que fazer-lhes justiça. Como ficar horas em arrumações é um bocado aborrecido, resolvi alternar a tarefa e tratar também de dar destino aos marmelos que ainda ali estavam à espera de oprtunidade para serem transformados, já tinha feito marmelada há uns dias e até já a distribui por vários fãs. Hoje, para variar, fiz quartos de marmelo e geleia, que levam mais tempo mas não precisam de assistência permanente ao fogão. No sei se foi da azáfama de virar os armários do avesso enquanto o doce ia seguindo o seu caminho, mas a verdade é que não me saí nada mal, já tenho ali uma porção de frasquinhos bem recheados, alguns para seguirem viagem para Londres, ao encontro das jovens emigrantes da família.
E pronto, entre desporto, cozinha e limpezas assim se passou um domingo de Outono, e estive tão distraída com os meus afazeres domésticos que nem tive tempo de ler o jornal… mais uma vantagem!


E.T. foi a fotografia que ficou escura, não foi o doce, se clicarem têm a prova! :)

5 comentários:

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Suzana
Estou muito invejosa das suas artes doceiras! É uma tradição muito boa fazer marmelada e geleia em casa. E também já é uma tradição fazer-nos crescer todos os anos água na boca. E os marmelos oferecidos pelo Dr. Pinho Cardão também se tornaram uma tradição.
Achei piada à colecção de frascos, são todos diferentes.

MM disse...

Aqui, pelo Douro profundo, também ja cumpri a tarefa anual da transformação de marmelos, mas sem geleia. Curioso, pois também tenho fãs do produto em Lisboa, e, algum, também vai para a jovem emigrante, em Londres...

Bartolomeu disse...

Recordo-me ainda do sabor de uma geleia feita pela minha avó.
Recordo-me com imensa saudade de umas fatias de broa barradas com uma fina camada de manteiga e por cima, aquele fino doce, que eu comia sentado no alpendre da casa da aldeia, voltado para a imensidão da serra da Estrela.
Que seria da humanidade se a "ala feminina" não fosse dotado do espírito de abnegação que as motiva a confeccionar estes belos doces, que nos estimulam o paladar e confortam a alma?!
;))

Anónimo disse...

Ahhh, os doces, os doces! A minha perdição, enfim. Doces feitos em casa, a marmelada, a geleia, ai ai ai, que a minha barriga torna-se proeminente só de olhar!

Mas, cara Suzana, permita-me um reparo! No fim do seu post diz que se clicarmos temos a prova de que a fotografia é que está escura mas os doces estão com a cor certa. Não, não! Só vendo ao vivo é que temos a prova de que os doces estão com a cor certa!!! :-)))

Suzana Toscano disse...

Margarida, vou juntando os frascos, conforme calha, tenho que ter de vários tamanhos para cada exigência, no fim da "estação" não fico com nenhum...
cara MM, boa viagem para os seus doces, os meus seguiram hoje, quem sabe se ainda vão ser uma forma de os expatriados (as) se reconhecerem? :)
O que seria, caro Bartolomeu, tem toda a razão ao invocar essas, entre muitas, das capacidades femininas de manter o mundo a rodar :):)
Caro zuricher, não posso fazer-lhe chegar aí uma tacinha mas aqui fica a imagem para recordar :)