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domingo, 13 de novembro de 2011

Dar-lhes-emos sacos de arroz...

1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...
2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar a conta.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.

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. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando, mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um.
Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações, 'nós' (chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacos de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve.
Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...
10. Os europeus vão direitos a um muro e a alta velocidade...
Nota: Considerações de autor desconhecido, mas com grande fundo de verdade.

8 comentários:

Eduardo Freitas disse...

Caro dr. Pinho Cardão,

Acompanhando o autor desconhecido, também me parece que o embate no muro será inauditamente violento.

Anónimo disse...

Que verdade. Por fim começam a ver-se os efeitos dos estímulos negativos que a existencia do Estado Social dá ao trabalho e à produção!

Ilustre Mandatário do Réu disse...

Que Europeus serão esses? Alemães? Ingleses? Portugueses?

Tavares Moreira disse...

Caro Pinho Cardão,

O autor não é desconhecido, é bem conhecido, tem nome e é Chairman do supervisory board da China Investment Corporation (fundo de investimento estatal que gere 410 biliões USD de activos), Jin Liqun que, para além dessas bombásticas declarações fez uma outra, em entrevista à Al Jazeera: "Se atentarmos nos problemas que acontecem na Europa, isso é simplesmente o resultado dos problemas acumulados por uma desgastada"welfare society".As leis de trabalho induzem desmazelo e indolência, em vez de trabalho duro".
Nem mais, um dignitário do regime de Pequim põe a nú, desta forma, os problemas da economia eurpeia...
Os desassizados do BE, PCP e PS, pelo menos esses, deverão ficar absolutamente aturdidos e aterrados ao conhecer estas declarações, deverão "rezar" para que não cheguem a Portugal!...

Freire de Andrade disse...

Este texto deveria ser afixado em letras bem grandes à porta do parlamento e em todos os ministérios. Não pensei que na China houvesse alguém como o Sr. Jin Liqun que soubesse sintetizar tão bem o problema europeu (e de certo modo do Ocidente).

Joao Jardine disse...

Caro Pinho Cardão

Não sendo local nem existindo espaço apenas algumas notas para um comentário que é magnífico mas que não é, sequer, completo.
Vamos apenas a alguns pontos:
a) Os nossos industriais (europeus) deslocalizam-se porque lhes venderam a ideia que o comércio livre, mais precisamente, a liberdade sem restricções de troca, era um negócio excelente. Esqueceram-se de lhes explicar que, a prazo, faria destruir a procura dos seus produtos. Competir contra salários "canhão" como os chineses gera desemprego e, concomitantemente, restringe o consumo.
b) Algumas regiões da europa, como Portugal, implodirão, porque com as baixas taxas de natalidade o sistema deixará de ser sustentável. Os impostos são altos e os benefícios também, apenas há que recordar que, em parte, a responsabilidade é de políticas erradas que coarctam a natalidade em vez de a promover. Baixar impostos sem promover a natalidade é postregar um problema e, em simultâneo, prolongar a dor.
c) Tenho dificuldade em acompanhar o optimismo do responsável chinês, quanto mais não seja porque o seu (dele) país, ainda não começou a desenvolver o hinterland, algo que, historicamente, a China revela-se pouco eficaz; falta demonstrar que a tradição já não é o que era. Acho, por isso, que o optimismo é um tanto ou quanto, exagerado.
d) Até +/- 1500 China e Índia, representavam grosso modo, 2/3 do PIB mundial. Se e quando, ambas as regiões voltarem a ter uma quota parte semelhante apenas, se verificará uma reposição da normalidade historicamente verficada, não um fenómeno inédito. Nem, nessa altura, vivíamos da caridade chinesa e, não será quando o quinhão de ambos os países chegar a esse valor que vamos viver.
e) Tanto os europeus, como os chineses vão contra um muro porque, uns, a natalidade é negativa, outros porque as desigualdades geram enormes instabilidades, o que ambos têm em comum é o facto de seguirem um modelo de desenvolvimento inadequado para uma sociedade de meia idade, vivendo em ambiente de recursos finitos.
Cumprimentos
joão

Fartinho da Silva disse...

Caro Pinho Cardão,

"A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!"

Isto acontece enquanto a energia for barata...

Gonçalo disse...

É ler - um pouquinho - do que está aqui:
http://existenciasustentada.blogspot.com/
E perceber o que se está a passar connosco e concordar com o chinês...