Para dar conta das mudanças estruturais não é preciso ir tão longe. Talvez eu ainda venha a publicar fotografias muito mais recentes, mas que mostram bem o que se evoluiu. Porém não se deve exagerar, porque talvez, como diz Massano Cardoso, a evolução venha a ser em sentido contrário.
Explico-me: a facilidade de deslocação nem sempre facilita o desenvolvimento humano. A sociedade do automóvel, tal qual a vivemos hoje, e historicamente é ainda muito curta, é, em certa medida uma aberração. As pessoas passam uma parte muito significativa a deslocar-se. Umas vezes por razões profissionais, outras por vadiagem, outras porque não sabem, ou não querem, fazer outra coisa.
Aqui onde resido, na Zona de Sintra, o "passeio dos tristes" ao fim-se-semana talvez tenha abrandado um pouco com a crise mas não de forma que evite longas filas a dar a volta ao redondel.
A diferença mais significativa entre o fim-se-semana e os dias de semana está na velocidade média (que é menor) e na ocupação média que é maior (de 1,2 passageiros por viatura passa para 1,8).
Se o desenvolvimento humano se medir pela qualidade de vida, que qualidade de vida decorre deste frenezim humano a deslocar-se muitas vezes pelo efeito imitação de deslocar-se?
Lamego está agora a quantas horas de Lisboa? Três horas? Se há razões que persistem em retardar o crescimento no interior a distância medida em horas não é certamente, hoje, uma delas.
Vou «roubar» com autorização postcipada, para alegrar a nossa alma que ainda há muito para regredir. E se eles podiam, porque não podemos nós viver aquele nível de ritmo de vida.
9 comentários:
Se isto continuar na senda em que vamos, não me admira nada que regressemos a um passado ecológico deste género!
Para dar conta das mudanças estruturais não é preciso ir tão longe. Talvez eu ainda venha a publicar fotografias muito mais recentes, mas que mostram bem o que se evoluiu. Porém não se deve exagerar, porque talvez, como diz Massano Cardoso, a evolução venha a ser em sentido contrário.
Pode ser que sim. E se tiverem razão quanto à regressão podemos estar certos que bestas não faltarão...
Não sei se toda a regressão é retrocesso.
Explico-me: a facilidade de deslocação nem sempre facilita o desenvolvimento humano. A sociedade do automóvel, tal qual a vivemos hoje, e historicamente é ainda muito curta, é, em certa medida uma aberração. As pessoas passam uma parte muito significativa a deslocar-se. Umas vezes por razões profissionais, outras por vadiagem, outras porque não sabem, ou não querem, fazer outra coisa.
Aqui onde resido, na Zona de Sintra, o "passeio dos tristes"
ao fim-se-semana talvez tenha abrandado um pouco com a crise mas não de forma que evite longas filas a dar a volta ao redondel.
A diferença mais significativa entre o fim-se-semana e os dias de semana está na velocidade média (que é menor) e na ocupação média que é maior (de 1,2 passageiros por viatura passa para 1,8).
Se o desenvolvimento humano se medir pela qualidade de vida, que qualidade de vida decorre deste frenezim humano a deslocar-se muitas vezes pelo efeito imitação de deslocar-se?
Lamego está agora a quantas horas de Lisboa? Três horas? Se há razões que persistem em retardar o crescimento no interior a distância medida em horas não é certamente, hoje, uma delas.
Salvo melhor opinião.
São 3 horas e meia, respeitando limites. Mas como sabe é um tempo-distância que facilita o abandono...
Por mais tempo que se conquiste, parece sempre insuficiente...
http://www.youtube.com/watch?v=nxo8sfxTB3w
Depois de ler o comentário do Drº Ferreira de Almeida, fico mais descansado, mesmo regredindo aquele passeio pode ser sempre dado...
;)
Vou «roubar» com autorização postcipada, para alegrar a nossa alma que ainda há muito para regredir. E se eles podiam, porque não podemos nós viver aquele nível de ritmo de vida.
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