Açores. Parece que a estratégia do CDS-PP de fazer constar de que é a oposição mais eficaz ao ao governo da república, não está a surtir grande efeito.
Querem ver que o afetado por baixa visão sou eu?
Querem ver que o afetado por baixa visão sou eu?
8 comentários:
Nunca fui político e, sem falsa modéstia, estou mesmo convencido que se tivesse tentado seria um fracasso.
É portanto com plena consciência das minhas limitações que considero que a maior falta de visão foi de Passos Coelho quando escolheu o parceiro de coligação para o Governo da República.
Se o país se encontrava no estado calamitoso que toda a gente conhecia e Passos Coelho mais do que o homem comum, se o governo tinha uma cartilha de governação imposta pelos credores, se essa cartilha tinha sido negociada pelo governo anterior, se as condições impostas eram consequência em grande parte das
acções desastradas cometidas pelo anterior governo,
Passos Coelho cometeu um erro gravíssimo, para ele e para o país, ao deixar de fora da responsabilidade de rebocar o fardo o partido que suportou o governo anterior.
Perdeu nos Açores, vai perder nas autárquicas (se lá chegar), perderá as legislativas (antecipadas ou não).
Quanto ao resto, são faltas de visão que, quanto muito, atrapalham mais uma caminhada atrapalhada à partida.
Quando Passos Coelho atirou para o ar "que se lixem as eleições" fê-lo por ter reconhecido ter optado por um caminho com saída minada.
Pois não, mas o caso dos Açores não serve de todo como exemplo para a questão que aqui traz. Os Açores são um arquipélago pequeno, o fenómeno bairrismo esta muito latente entre algumas ilhas, em especial entre Terceira e São Miguel.
Artur Lima é o líder do CDS Açores (é terceirence) que nestas eleições aproveitou o empréstimo de 136 milhões contraído recentemente pelo Governo de César para atacar o PS, pondo em causa as contrapartidas desse empréstimo e passou a mensagem que o (micaelence) Presidente do Governo tinha vendido a autonomia, com isto aguçou o bairrismo e o resultado foi o que foi, São Miguel tem metade da população do arquipélago e são sensiveis a provocações bairristas,
Embora não tenha sido de todo este o único motivo para a derrota do CDS, naturalmente que este é um partido numa situação delicada, com a coligação e com a impopularidade do Governo de Passos coloca o CDS entre a espada e a parede. Fazer o quê? Agora é ir para o fundo.
Para o cidadão comum mas crente nas instituições, ciente de que faz parte uma sociedade que se quer participativa, coerente, construtora; à qual se exigem deveres e obrigações e se oferecem... [deixa cá ver Bartolomeu, o que é que se oferece à sociedade... AH! DIREITOS!!! (não se sabendo concretamente o que raio queira isso significar)] não lhe cabe na cabeça o significado de "oposição", ou melhor; a necessidade de existir "oposição". Parte-se do princípio que opositores, são aqueles que se opõem e são aqueles que constituem a oposição, a qual, uma vez que não se reveste de uma acção intermitente, é de carácter permanente. Ou seja, oposição, é uma figura da política que se encontra permanentemente contra quem governa, em qualquer circunstância. Se assim não fosse, os partidos que concorrem a eleições e não reunem a percentagem de votos necessária para ser eleitos, seríam depois do escurtínio designados por "o grupo dos partidos não-eleitos", ou então, "o grupo dos partidos que não foram eleitos mas, e porque concorreram com um programa para governar, partilham ideias e apresentam soluções para resolver os problemas que o governo eleito enfrenta".
Infelizmente, sabemos bem que assim não se passa na realidade e que o resultado de assim não se passar, resulta em guerrinhas de "damas afectadas" que perdem horas, dias, etc, a discutir se a lei deve ter mais ou menos uma vírgula e que perante a crise que o país enfrenta, se entretêm a acusar os anteriores de serem os responsáveis dessa crise e os anterirores a defenderem-se alegando que os actuais, quando foram anteriores, criaram o monstro.
Aquilo que parece ser real, é a existência do monstro. Aquilo que parece ser irreal é a atitude do governo e da oposição, quando se discutem as formas de aniquilar o monstro. Entretanto o monstro vai crescendo e vai-se tornando dia para dia mais forte e indestructível.
No tempo de El-Rei D. Afonso Henriques, quando se conquistava o território aos "mouros" e as tropas cristãs enfrentavam um grupo de inimigos superior ao seu, em número, as hostes lusitanas, desmontavam, colocavam o joelho em terra e evocavam S. Jorge, o santo que derrotou o dragão, pedindo-lhe protecção e a vitória sobre o inimigo.
Que assim volte a ser.
Está a ser difícil para os atuais políticos perceber que a cultura política dos portugueses de hoje(mesmo dos ilhéus) não é a mesma de há 20 ou 30 anos...
Pelo contrário, caro jotaC, se há algo que não mudou mesmo foi a burrice dos portugueses. Continuam as mesmas bestas de sempre, o que mudou foram as cenouras... :)
Eu referia-me ao golpe de rins de última hora do CDS, e até mesmo do PSD, que perante o desaire se apressaram a dizer que não tinham nada a ver com es srs. de Lisboa o que não resultou, como se viu. É por isso que eu acho que os potugueses já não se enganam com tretas...
Caro jotaC,
A trupe de vígaros do PSD Açores, chamemos os bois pelos nomes, andava a prometer 15 mil empregos sabendo que nunca o conseguiriam. Parece-me de toda a justiça que digam que não têm nada a ver com esses srs de Lisboa.
Não se enganam com essas tretas enganam-se com outras, não se preocupe:)
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