A crise faz com que pais aumentem a pressão que exercem sobre as crianças para serem "alguém no futuro", sufocando-as com exigência e contribuindo para desencadear perturbações obsessivo-compulsivas, diz a investigadora Maria José Araújo e os telejornais vão repetindo a todo o momento.
O que mais me espantou foi já ter sido possível chegar, em tão pouco tempo, a tão esclarecidas e científicas conclusões. Mas vão fazer escola, tão politicamente correctas se apresentam. O uso e abuso da ciência, para conclusões à la carte, está cada vez mais institucionalizado. Tão institucionalizado que a mais das vezes até somos nós que o vamos pagando.
No fim, são estudos deste teor, em que tudo aparece como traumatizante, que nos empurraram para a crise e dela não nos fazem sair.
Ao invés do que, por exemplo, acontece na Coreia do Sul, onde a exigência começa pelos pais, é prosseguida pelos professores e é institucionalmente assegurada pelo Estado. Um país sem matérias-primas, na vanguarda da inovação e do progresso científico. E democrata.
Onde não vingam estas teses ridículas, obsessivo-compulsivas do facilitismo e do laissez-faire, laissez-passer.
Assim, não sairemos nunca da crise.
1 comentário:
... E não chegámos cá por acaso. .. Eu estava de manhã no café e estava a passar isso na televisão. Achei piada ao 'por causa da crise' e ao espantoso nível cientifico da coisa.
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