António José Seguro rejeitou dar o seu
aval a uma revisão constitucional para “destruir o Estado social”.
Acontece que, nas circunstâncias
presentes, Estado social nada tem a ver com a Constituição; tem apenas a ver
com a existência ou não recursos.
O resto é palavreado oco e sem sentido. Do qual os socialistas não são capazes de sair.
18 comentários:
Isso é bom. Não ouviu o Galamba, caro Pinho Cardão? Não faz mal endividar-nos porque deixamos de ser pobres. Este governo neoliberal é que não percebe as virtudes do moto contínuo socialista...
Quem é o Galamba? Um extraterrestre? De que galáxia veio?
É aquele sujeito do PS que disse ao governador do BoP que emprestar ao estado não era preciso dinheiro porque o capital a alocar era zero...
Caro Pinho Cardão,
De acordo que as funções do Estado e o próprio conceito de Estado Social têm de ser revistas.
Mas parece-me que a equação como a coloca não está correcta. O Estado Social é um assunto de Constituição, não dos recursos disponíveis num dado momento, por conta das "circunstâncias presentes".
E reduzir a discussão ao "dinheiro que agora temos" seria exactamente o que, infelizmente, tem norteado o Governo: é cortar, sem se saber porquê, para quê e com resultados sociais muito negativos.
E isso seria mais uma oportunidade perdida. Para os ditos partidos da esfera governativa, mas mais grave para o País.
Todods sabemos porque esta o "Estado Social" em risco de deixar de existir. Porque o governo pagou a falência do banco dos ricos com o dinheiro que os trabalhadores descontaram ao longo de décadas, com a finalidade de contar com um amparo na doença e na velhice.
Ou seja, a noiva jurou fidelidade na hora de "dar o nó", mas depois, começou a gastar à louca e deixou o marido na penúria e a pedir por conta aos vizinhos.
e presos, julgados e condenados, todos que desde o 25 de Abril até hoje que roubaram o que é Público.
Ou caro Bartolomeu, explica-nos que banco o estado pagou a falência??? Realmente, quem deve 120 mil milhões aos bancos...
O Estado tem um nome, os governos cleptocráticos que governaram este país durante três decadas com a cumplicidade do parlamento, dos actuais e dos anteriores deputados.
De acordo com os cálculos efectuados, entre 1990 e 2010, «o montante dos resultados contabilísticos positivos das empresas multiplicou-se por 13, enquanto a receita de IRC apenas triplicou». Ou seja, se «em 1990 o IRC liquidado pelo Estado representava 27% dos resultados contabilísticos positivos declarados pelas empresas», passados «20 anos o IRC pesou já só 6% desses resultados», o valor mais baixo da série apurada.
A perda de receitas gerada por esta via deve-se essencialmente a sucessivas reduções da taxa de IRC, sobretudo através da alteração da base de tributação aplicada às empresas (metade dos resultados contabilísticos deixou de ser tributado) e à diversificação das rubricas de dedução à colecta. Por sectores, em 2010 foi a banca
Em 2010, os lucros da banca somaram quase mil milhões, mas o IRC pago foi de apenas 121 milhões, menos de metade do valor pago em 2009, estima a Associação Portuguesa de Bancos.
Resumindo: em 1990 cerca de 55% das empresas pagaram uma quantia de IRC que representou 27% dos resultados. Em 2010 só cerca de 29% das empresas pagaram um IRC de 6% dos resultados contabilísticos.
"Estado social nada tem a ver com a Constituição; tem apenas a ver com a existência ou não recursos", pois é, retiram-se recursos ao Estado e depois diz-se que não há recursos!
Espertalhões!
Olhe lá, Sr. Pinho também recebe uma dessas reformas do parlamento e teve direito a indiminização?
«O resto é palavreado oco e sem sentido»
Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:
[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]
Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012
[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex--políticos." [...]
[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."
Está montado um esquema mafioso:
- SAQUEAR OS CONTRIBUINTES PARA DAR A AGIOTAS.
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-> Os contribuintes são saqueados [e são feitos cortes no Estado Social]... para... pagar juros a agiotas!
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-> Pagar juros a agiotas (PPP´s e não só...), nacionalização de negócios 'maddofianos', etc... quais «Greves Gerais» qual carapuça... o Contribuinte tem é que reivindicar MECANISMOS PARA AUTO-DEFESA!
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Exemplo 1: Blog «fim-da-cidadania-infantil» - Direito ao veto de quem paga, vulgo contribuinte.
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Exemplo 2: PRECISA-SE de governantes que possuam a capacidade de governar... sem... saquear os contribuintes! -> eles devem assumir este compromisso... assim sendo: emissão de dívida pública... só mediante... uma autorização obtida por meio de um REFERENDO!
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Exemplo 3: A Islândia conseguiu colocar um travão nos Credores-esmifradores:
- Islândia: a revolução censurada pelos Media, mas vitoriosa!
-> Consultar o know-how islandês poderá ser muito útil para colocar um travão no esquema mafioso: «saquear os contribuintes para dar a agiotas».
Caro Pinho,
pena é que na altura do PECIV, o que chama agora "palavreado oco e sem sentido" era o que preenchia todo o discurso do PSD.
Relembro a dáda altura que a Merkel até ficou furibunda com a posição do PassosCoelho.
Mais relembro as promessas que Passos Coelho fez na altura.
Sem retirar as responsabilidades a quem as teve...deixe-me que lhe diga que de "palavreado oco e sem sentido" estamos bem servidos...de Seguro a Coelho&Gaspar...coerencia e substancia são conceitos que não conhecem (ou pelo menos fazem de conta!).
Pedro Passsos Coelho dixit:
"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento "
e ainda:
“se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."
Voltando ao seu post, uma questão:
o que é que é mesmo "palavreado oco e sem sentido" ?
e de quem ?
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