Saiba vossa mercê que
dos assuntos políticos nada sei, mas, já que me pergunta, sempre lhe direi que
menos rouba um do que dois.
Padre
António Vieira, por ocasião de uma deslocação do Brasil a Lisboa, em resposta a
uma pergunta do Rei sobre o que seria melhor, se apenas um governador no Brasil, ou duas autoridades,
uma militar e outra civil.
Que falta faz
o Padre António Vieira, agora, em Portugal, para dar cabo deste estado gastador e paralelo que nos vai arruinando!
9 comentários:
Grande padre!
Um conhecido meu comparava negativamente o regime democrático saído do 25 de Abril com o Estado Novo dizendo que no tempo do Salazar, como os que tinham cargos de importância sabiam que naturalmente teriam os cargos por muito tempo, roubavam devagar, ao passo que agora, como sabem que podem ser substituídos por outros ao fim de pouco tempo, têm de roubar mais depressa. É uma visão semelhante que se baseia na rotatividade em vez da divisão do poder.
Paralelo? Mais do que paralelo: colectivista, expropriador à moda soviética, com laivos de sindicalismo de Estado!!!
Quem nos acode?
O que não falta por aí, são pessoas com vizão idêntica à de António Vieira, e com voz tão audível quanto a dele.
O que falta por "aí" é ouvidos capazes de escutar a sensatez dessas vozes.
Corporativismos, caro Dr. Pinho Cardão; corporativismos, são o que provoca os otorrínicos males neste país.
"estado gastador e paralelo que nos vai arruinando!"
Caríssimo António,
O Estado, enquanto entidade colectiva é, volitivamente, um mentecapto.
Acabe-se de vez a invocação em vão do nome do tutorado e chamem-se os boys pelos nomes!
Caro Rui:
De facto,os boys são uma parte importante, mas não só. O corporativismo instalado é outra.
Os interesses partidários também. Outro tanto, a conivência geral com este estado de coisas.
Mais do que dar cabo deste estado paralelo era preciso primeiro dar cabo doa agentes políticos que o criaram e dele retiram e continuam a retirar privilégios.
12:31
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