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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um monumento à lealdade. Quanto mais os conheço...


Um cão chamado "Leão". Pelo segundo dia espera junto à sepultura do seu dono, falecido num deslize de terras perto do Rio de Janeiro nos primeiros dias do ano passado. Magnífica foto de Vanderlei Almeida.

7 comentários:

jotaC disse...

É impossível ficar indiferente a este tipo de simbiose entre o cão e o homem que leva o primeiro a incorporar atitudes genuinamente humanas, como a expressão da tristeza e da saudade...

Suzana Toscano disse...

Comovente, sem dúvida.

Bartolomeu disse...

Mas... comovente, o quê?
Não, não venho para desconversar, somente para "escarafunchar" nos sentimentos que levam cada um de nós a olhar para uma imágem e a atribuir-lhe um significado.
Não se já notaram, o cão tem o nome de "Leão". Mas... e o dono, o que enfiaram no buraco... alguém sabe como se chama? Provávelmente, nem o "Leão" saberá.
Não quero advogar se os animais possuem ou não sentimentos, mas, convidu-os a fazer uma reflexão: o dono do cão (até pode nem ser deste, em causa... de um outro qualquer) possuía amigos, familiares que lhe queriam bem, que o estimavam e aque até, possívelmente, lhe deviam atenções... está lá algum? junto à campa? (se é que podemos classificar de campa... aquilo).
Não será porque que o tipo que biológicamente se degrada no fundo do buraco, habituou a canídeo a partilhar com ele elgum alimento, que o faz esperar pela dose costumeira?
Na minha opinião, é isso. Mas se insistirem, que tudo se fica a dever a um sentimento de amizade do "Leão", para com o "Zé-do-buraco"... ok. vamos nessa, ÓH Vanessa!

Anónimo disse...

Estimado Bartolomeu, faço-lhe um desafio. Quando puder, alugue este filme - http://www.youtube.com/watch?v=uBtw4R2Gkag&feature=fvst .
Vai gostar. E suspeito que terá vontade de rever este seu comentário.

Bartolomeu disse...

Creio que o caro Dr. José Mário, terá notado a frase com que dei início ao comentário.
De um número que não sou capaz de imaginar, quantificativo da população canídea de todo o mundo, uma percentagem mínima terá comportamentos susceptíveis de nos levar a pensar em sentimentos semelhantes àqueles que caracterizam os humanos.
Não afirmo com isto que não possam, em determinadas circunstâncias, manifestar comportamentos que nos façam suspeitar das suas existências.
Por exemplo, cães que sem treino específico, salvam os donos em situações, por exemplo de acidente, ou de doença súbita. Mas e então o que pensar de animais que atacam até à morte crianças que viram nascer, guardaram e com as quais brincaram? Casos que com demasiada frequência aparecem descritos nos noticiários.
Aquilo que verdadeiramente nos impressiona nestes casos - e isto não passa de uma opinião meramente pessoal - é verificarmos comportamentos pontuais, em animais irracionais que assemelham aos humanos, mas que não possuem carácter de constância nem de regularidade.
Isto não quer dizer, obviamente, que não estime e respeite todos os animais, mesmo aqueles que nos possam ser hostis.
Eu vivo no campo, como o caro DR. J.M bem sabe. No local onde habito, cohabitam raposas, saca-rabos, ginetes, javalis, coelhos, cobras, sardões, falcões, águias, peneireiros, etc. A ordem expressa, imposta por mim, é a de não fazer mal a nenhum animal dos que por lá aparecem. Também não tentamos travar amizade com eles, simplesmente respeitamos os espaços de cada um.
;)

Anónimo disse...

Mas veja, meu caro Bartolomeu. Não vai perder o seu tempo.

Maria Margarida disse...

José Mário
Conheço dois casos em que os cães acabaram por morrer, deixaram-se ir...