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sábado, 21 de fevereiro de 2015

O típico "deixa andar"...

Esta notícia sobre o estado de degradação a que chegou o belo edifício em que funciona a Escola de Música do Conservatório de Lisboa fez-me recuar no tempo. É que este assunto não é novo. Os graves danos estruturais a requererem uma intervenção profunda remontam a, pelo menos, 2007. Decorreram, entretanto, cerca de sete anos.  Sete anos! 
Em 2007 escrevi: (...) A realidade que está à vista não é, como é óbvio, obra de agora. É consequência de uma enorme negligência e inércia
 que ao longo dos anos se tem vindo a verificar. É inacreditável que se tenha chegado ao ponto a que se chegou no único Conservatório de Música existente em Lisboa. E digo único porque se olharmos para o que se passa em outras capitais europeias como Paris ou Praga verificamos que existe uma escola de música por bairro. Veremos se a petição tem o condão de sensibilizar o Governo para que não se cometa mais este crime de lesa-património. Se o Governo continuar de braços cruzados, ficamos sem Património e sem Música. Ficamos também cada vez mais longe da Cultura e da Educação. Cada vez mais ignorantes…
E, agora, em 2015, escreveria o mesmo. Mudou alguma coisa? E vai mudar?

4 comentários:

António Barreto disse...

Que dizer?, quando observamos o despesismo público injustificado, perante esta realilade, que dizer, a não ser que espelha, talvez a maior causa nas nossas dificuldades atuais; o condicionamento cultural.

Sara disse...

No início de 1998, quando estudava no Conservatório, este esteve fechado durante cerca de um mês durante o ano lectivo, porque o tecto de uma das salas de piano caiu. O problema é longo, muito longo.

Bartolomeu disse...

Assim que ficarem concluídas as obras de restauro e adaptação do palacete em Alcântara, onde será o futuro gabinete do PR,vai ver cara Drª Margarida, que as próximas verbas serão empregues no restauro da Escola de Música do Conservatório de Lisboa...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro António Barreto
E/ou falta de cultura!
Cara Sara
Tenho ligações familiares ao Conservatório, conheço o drama. O edifício está em acelerado estado de degradação, não creio que tenha condições mínimas de conforto e de segurança para ser uma escola. Esperemos que não haja um desastre.
Caro Bartolomeu
Mas vai sobrar alguma verba? Logo encontrarão melhor destino!