Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Subsidiando a poluição alheia...

" A Europa não tem uma política energética, tem uma política ambiental e o lobby da política ambiental é tão grande que não permite ter uma política energética".
Ferreira de Oliveira, Presidente da GALP, no Economist Summit, anteontem, no Estoril
Ouvi ainda, mais coisa, menos coisa, que Portugal  também não tem uma política energética, tem uma política ambiental e o lobby da política ambiental é tão grande que não permite ter uma política energética. 
E eu concordo. Vejo os resultados. Um país responsável por apenas 0,17% do CO2 à escala mundial na liderança do combate contra o dióxido de carbono, mas pagando no preço da energia, nomeadamente na electricidade, e nos impostos, a poluição que os outros fazem. Uma política de subsidiação da poluição alheia. Nada mal. 

5 comentários:

JM Ferreira de Almeida disse...

Meu caro Pinho Cardão, a propósito dessa afirmação, que também li há dois dias, desabafei aqui ao lado, noutro forum, o que transcrevo:

«Uma das afirmações do dia pertence a Ferreira de Oliveira, o presidente da GALP: "A Europa não tem uma política energética tem uma politica ambiental e o 'lobby' da politica ambiental é tão grande que não permite ter uma politica energética". Há não muitos anos atrás quem acompanhava de perto estas questões dizia "A Europa não tem uma política ambiental tem uma politica energética e o 'lobby' da politica energética é tão grande que não permite ter uma politica ambiental". Uma verdadeira sucessão de sombras. A claridade, essa...»

Pinho Cardão disse...

Caro Ferreira de Almeida:

...a claridade para mim são os preços da energia... clarinhos, clarinhos, carinhos, carinhos...

Tavares Moreira disse...

Clarinhos, clarinhos ou carinhos, carinhos?
Não haverá aí um L a mais, caro PC?

Pinho Cardão disse...

Caro Tavares Moreira:
Os preços são mesmo clarinhos e carinhos. Essa é que para mim é a claridade!...

JM Ferreira de Almeida disse...

Meus caros, os preços da energia são tudo menos clarinhos. Há quem frequente este espaço que pode bem depor sobre isso e explicar porque são carinhos. Talvez nos convencêssemos que a opacidade e o nível dos preços das energias de várias fontes pouco têm que ver com as políticas ambientais.
Quanto a lobis e políticas, uma coisa é certa, os lobis ambientais estão bem identificados e muitas das irracionalidades do que defendem são facilmente identificadas. Já o mesmo não se pode dizer dos grupos de interesse no setor da energia. Tirando os presidentes das maiores energéticas alguém os conhece? E alguém conhece a "política energética" que defendem? Convergem o presidente da EDP e da GALP nas opções fundamentais?