O Conselho de Administração do Metro do Porto enviou uma carta ao Governo pedindo apoio financeiro e referindo a caótica situação económica e financeira em que a empresa se encontrava: 2 mil milhões de euros de dívida, necessidades de tesouraria de 200 milhões para o ano em curso, para os quais não era capaz de conseguir financiamento. Dada a situação, o não apoio do Estado poderá "pôr em causa o cumprimento de compromissos assumidos, quer no que respeita a investimentos em curso ...quer no que respeita ao serviço da dívida, da qual uma parte significativa tem garantia da República", transcreve o Jornal de Negócios.
Claro que o Ministério tratou logo de deitar a questão para debaixo do tapete: "informação de rotina...não há nenhuma situação de emergência", disse.
Claro que o Ministério tratou logo de deitar a questão para debaixo do tapete: "informação de rotina...não há nenhuma situação de emergência", disse.
Em consequência, valente puxão de orelhas levou o Presidente do Metro, a avaliar pela sua reacção à nota do Ministério. De um momento para o outro, a situação deixou de ser preocupante, "o Metro continua a cumprir...apenas podendo estar em causa uma dilatação dos prazos de pagamento habituais"...o funcionamento do Metro "não está, nem nunca esteve em causa...", disse ao Público, edição de ontem, 30 de Julho.
Só lhe faltou pedir a demissão por ter escrito carta tão pouco condizente com a realidade!...
Abnegados gestores estes, sempre prontos a vergar a cerviz ao menor pestanejar do dono!...
2 comentários:
O país está atornar-se numa casa assombrada. Deambulam fantasmas por todo o lado.
A proósito... vamos escutar o Pedro Abrunhosa dizer, angustiadamente: aquele era o tempo, em que homens negavam, o que outros ergueram?
http://www.youtube.com/watch?v=sqK7Ys155j4
Então, vamos lá!
Profundamente comovente este episódio, caro Pinho Cardão!
E de como os problemas financeiros mais complexos podem num ápice encontrar solução...basta ter um tapete à mão!
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