O Ministério Público decidiu há uma semana pedir aos deputados que levantassem a imunidade parlamentar (!) do PM por causa de um inquérito aberto por suposta difamação dirigida a uma jornalista. Ontem, o mesmo Ministério Público (ainda que outra realidade antropomórfica do magistrado...) anunciou em comunicado o óbvio, isto é, que “só devem ser realizadas diligências em inquérito quando existirem indícios da prática de crime, (...) o que, no caso, não acontece”, e decidiu-se pelo arquivamento.
E ainda me querem convencer que a razão da crise profunda da justiça está na lei e não nos seus agentes?
4 comentários:
Na lei escrita não, mas na cultura do direito, não tenho dúvida. Ao ponto da lei escrita não servir para nada.
A não ser que o caro JMFA esteja a sugerir que existe uma correlação genética entre as pessoas que se dedicam aos temas de justiça e que lhes inibe uma boa percentagem do cérebro. Mas não me parece que seja isso.
;)))
O seu primeiro paágrafo está bem observado, Tonibler.
Quanto à parte da genética... não lhe parece que em determinado ponto da evolução, seria forçoso que o tronco principal se tivesse dividido em, pelo menos dois ramos?
;)))
Não, não é isso meu caro Tonibler, como também o meu Amigo sabe.É um problema de conhecimento e competência (ou de falta deles). Para bem aplicar a lei, é preciso, antes de tudo, conhecê-la e depois saber como fazê-lo.
Quanto ao papel que ao Direito desempenha na sociedade, para não me alongar muito, dir-lhe-ei que as inúmeras vezes que o meu Amigo aqui o invoca é prova bastante de que nem os mais cépticos o dispensam, ou acham tolerável viver num Estado que a ele se não submeta. Ao longo detes anos aprendi que são esses, os mais cépticos, que mais se agarram à lei e apelam aos juristas quando carecem de tutela para defesa dos seus próprios interesses...
Mais valia pensarem primeiro e dizer coisas aos jornais depois. o Zé Mário já tinha previsto isto...
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