Acaba de sair o Boletim de Execução Orçamental do 1º Semestre.
Confirma-se o que já se sabia: a austeridade não chegou ao Estado e o Governo continua a gastar à tripa forra.
O défice dos seis primeiros meses atinge os 7,8 mil milhões de euros, um agravamento de 500 milhões face aos valores do 1º Semestre de 2009. Traduzindo também um desvio em relação ao montante orçamentado para 2010.
A Despesa Corrente aumentou 5,1%, aumento bem real, porque muito superior à inflação, traduzindo ainda um acréscimo do peso em relação ao PIB.
O défice não foi maior dado o aumento da receita dos impostos em 6%. Sempre o aumento da carga fiscal a pagar os aumentos da despesa corrente.
O país anda desgovernado, a austeridade é só para os cidadãos, o Ministério das Finanças não cumpre qualquer função de política económica ou financeira, não serve o país e age apenas como o tesoureiro do Estado.
O Ministro das Finanças não existe enquanto tal.
5 comentários:
Caro Dr. Pinho Cardão
Pelos vistos não há crise! Como é que se explica um acréscimo tão significativo?
Seria muito importante uma análise detalhada deste acréscimo de despesa para se perceber o que se está a passar. Um trabaalho a fazer com toda a transparência.
Não deixo de pensar na necessidade de repensar as funções do Estado e o modelo da sua prestação.
Mais outro "annus horribilis", com um (des)Governo "horribilis"
Com o défice derrapado
e tão difícil de controlar,
este Governo empapado
é infelizmente exemplar.
O monstro insaciável,
no seu estilo devorador,
não é nada sociável
para o povo pagador.
Pobre país!
Caro Pinho Cardão,
Estaríamos muito melhor vivendo em regime de duodécimos, seguramente!
Um bom argumento para a próxima votação do OE para 2011...
Sem dúvida, caro TMoreira, dado que cada orçamento é sempre pior do que o anterior...
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