Começou o julgamento do processo “Face Oculta”. Uma oportunidade para mais um julgamento mediático. As televisões instalaram arraiais em Aveiro, com repórteres e equipamentos com fartura para não perderem pitada.
Vamos ter reportagens diárias nas televisões, directos, de dia e de noite, faça chuva ou faça sol, em hora prime de preferência, tudo a bem da informação da opinião pública que quer saber quem recebeu robalos a troco de alheiras.
Hoje tivemos uma amostra - acho que foi na TVI - com arguidos e advogados a serem literalmente perseguidos e apanhados - talvez estivessem à espera - para serem confrontados a explicarem às televisões o que disseram ou não disseram, lá dentro na sala de audiências, questionados porque não disseram o que se esperava que dissessem ou porque disseram o que não se esperava que dissessem. Uma grande confusão. Tudo misturado com insinuações e afirmações dos jornalistas a ver se alguém se contradiz e faz a notícia de um dia de grande azáfama mediática. E pelo caminho sempre haverá quem se preste a uma conversa mais longa, para aproveitar tempo de antena. Tudo a bem do sensacionalismo, se há confusão ou desinformação, paciência, nem tudo pode ser perfeito. Será que as pessoas ainda têm paciência para aguentar este género de “big brother”? É demais!
Vamos ter reportagens diárias nas televisões, directos, de dia e de noite, faça chuva ou faça sol, em hora prime de preferência, tudo a bem da informação da opinião pública que quer saber quem recebeu robalos a troco de alheiras.
Hoje tivemos uma amostra - acho que foi na TVI - com arguidos e advogados a serem literalmente perseguidos e apanhados - talvez estivessem à espera - para serem confrontados a explicarem às televisões o que disseram ou não disseram, lá dentro na sala de audiências, questionados porque não disseram o que se esperava que dissessem ou porque disseram o que não se esperava que dissessem. Uma grande confusão. Tudo misturado com insinuações e afirmações dos jornalistas a ver se alguém se contradiz e faz a notícia de um dia de grande azáfama mediática. E pelo caminho sempre haverá quem se preste a uma conversa mais longa, para aproveitar tempo de antena. Tudo a bem do sensacionalismo, se há confusão ou desinformação, paciência, nem tudo pode ser perfeito. Será que as pessoas ainda têm paciência para aguentar este género de “big brother”? É demais!
5 comentários:
Como dizia um saudoso repórter da TSF "é disto que o meu povo gosta". Aposto que este espetáculo faz subir as audiências. Pela minha parte só lastimo, e lastimo profundamente, que Colegas ponham a deontologia de lado e não hesitem em dar para o peditório desta ópera bufa de um simulacro de justiça feito no palco mediático. Pergunto-me a troco de quê. Se for da notoriedade, tenho a certeza que a fama adquirida deste modo não eleva nenhum dos advogados. Porque nenhum advogado se eleva a contribuir para a justiça feita à porta de um tribunal...
Concordo totalmente com o comentário do Zé Mário,mas, Margarida, receio que no ambiente actual, nada seja considerado "demais", mesmo o que devia ser intolerável.
Pois é, Suzana e José Mário, continuamos a misturar liberdade de expressão com liberdade de informação. O “zé-pagode” assim anda entretido e distraído dos verdadeiros problemas do país.
Demais só mesmo a dívida pública...
O Circo sempre alimenta o espírito, sendo o seu efeito amplificado pelo som da melodia peristáltica.
Caro Ilustre Mandatário do Réu
Muitos males como o do endividamento - dívida pública e dívida privada, das empresas e das famílias - fazem parte de um mal geral que é a crise de princípios e valores. Esta crise também precisa de ser resolvida, os princípios e valores precisam de ser refundados.
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