Perante a promessa de
fim das restrições orçamentais de Sarkozy e uma enorme Agenda de Crescimento, os
franceses elegeram François Hollande como Presidente, faz agora um ano. O
socialismo mostraria definitivamente o caminho que a Europa devia trilhar.
Como primeiro acto
público, Hollande deslocou-se a Berlim, se não para venerar, pelo menos para cumprimentar a Srª Merkel e certamente para lhe mostrar o conteúdo da recheada Agenda.
Logo depois, os
franceses começaram a ver a sua verdadeira substância: o dito crescimento era,
de facto, um acréscimo de 25 mil milhões de euros nos impostos, e também um aumento no corte, mais 10 mil milhões, na despesa pública, de modo a cumprir o
défice de 3%. Em vez da prosperidade prometida, uma austeridade bem real: para
que o PIB possa crescer sustentadamente, explicou Hollande.
De uma penada, lá se
foi de vez a “aposta” e a Agenda interna.
Mas a Agenda de
Hollande também tinha ainda umas páginas para o exterior: ajudar as restantes economias a
crescer, com Eurobonds e Grandes projectos europeus. Mais umas páginas vazias.
Por cá, Seguro
venerava o Mestre e via nele a salvação do país.
Passados 6 meses, já a
maioria dos franceses não tinha qualquer confiança em que Hollande encontrasse
uma solução para a economia ou para a crise, contra o aumento do desemprego ou
contra a insegurança.
Mas restava-lhe o
apoio de Seguro que continuava a ver nele o facho que iluminava o caminho a
seguir. Não havia contrapartida, mas havia que agitar o estandarte da
solidariedade socialista. Mesmo quando a França já ia entrando em recessão
técnica.
Passou um ano.
Hollande bateu todos os recordes negativos de popularidade. E o resultado da
demagogia é a desilusão, que faz com que até Marie Le Pen recolha opinião mais
favorável.
A demagogia infrene acaba sempre por não ter retorno para quem a utiliza; e, na sociedade em que vivemos, apanha-se mais depressa o demagogo que o coxo.
Hollande é o exemplo acabado de um produto do aparelho partidário, que nunca teve profissão para além da política e nem aí, apesar da ambição, nunca chegou a ser escolhido para Ministro.
Seria bom colocar os olhos em quem lhe vem importando a cultura.
A demagogia infrene acaba sempre por não ter retorno para quem a utiliza; e, na sociedade em que vivemos, apanha-se mais depressa o demagogo que o coxo.
Hollande é o exemplo acabado de um produto do aparelho partidário, que nunca teve profissão para além da política e nem aí, apesar da ambição, nunca chegou a ser escolhido para Ministro.
Seria bom colocar os olhos em quem lhe vem importando a cultura.
5 comentários:
Ainda assim parece ter mais dois neurónios que o Seguro.
Este exemplo é realmente e saz pensar quando vemos Seguro a exigir eleições antecipadas. Com o PC e o BE enfim, é o que é.
"...que faz com que até Marie le Pen recolha opinião mais favorável."
Interrogo-me sobre o motivo da inclusão do "até" na frase.
Parece que em França a população não vai muito em traidores !
A dita agenda, que parecia perdida, terá finalmente sido encontrada por um policial de serviço em zona próxima do Largo do Rato, em Lisboa!
Será entregue a quem provar pertencer-lhe.
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