A Convenção do Partido Social-Democrata Alemão autorizou o início de
conversações com a CDU e Ângela Merkel, tendo em vista a uma Grande Coligação para
governar a Alemanha. A Alemanha, o país mais rico e próspero da Europa e que os
grandes partidos querem que assim continue.
Porque os partidos políticos pensam no povo, a estabilidade política é para eles um imperativo e as coligações partidárias um hábito enraizado.
Aliás, a estabilidade alemã deve-se muito à estabilidade governativa:
desde a criação da República Federal, em 1949, a Alemanha teve apenas 8
Primeiros-Ministros.
Tendo como referência, em Portugal, o período posterior ao 25 de Abril, a Alemanha
teve 4 Primeiros- Ministros: Helmut Schmit (1974 a 1982), Helmut Kohl (1982 a
1998), Gerhard Schroeder (1998 a 2005) Ângela Merkel ( 2005…)
Em Portugal, só governos constitucionais, foram 16. E pouco menos Primeiros-Ministros.
Com Helmut Schmit, coexistiram Mário Soares, Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria de Lurdes Pintasilgo,
Sá Carneiro, Pinto Balsemão.
Com Helmut Kohl coexistiram Pinto Balsemão, Mário
Soares, Cavaco Silva, António Guterres.
Com Gerhard Schroeder, coexistiram António Guterres, Durão
Barroso, Santana Lopes.
Com Ângela Merkel, coexistiram Santana Lopes, José
Sócrates, Passos Coelho.
Enquanto os prósperos alemães procuram e encontam consensos e, por isso, são fortes, por cá os líderes políticos entretêm-se em criar divisões e confrontos. Uma perfeita imbecilidade, ainda maior quando, para a encobrir, alguns atribuem à Alemanha a culpa das nossas dificuldades.
6 comentários:
E quem concede a formação de governos minoritários também não está isento de culpa.Veja-se o último de Sócrates.
"perfeita imbecilidade"
Perfeita, perfeita, não será.
Mas crónica é, certamente.
De 1998 a 2008 la riqueza del 10% más rico de Alemania pasó del 45% al 53% del total, la del 40% siguiente del 46% al 40% y la del 50% más pobre del 4% al 1%.
Esas circunstancias pusieron a disposición de los bancos alemanes ingentes cantidades de dinero. Pero en lugar de dedicarlo a mejorar el mercado interno alemán y la situación de los niveles de renta más bajos, lo usaron (unos 704.000 millones de euros hasta 2009, según el Banco Internacional de Pagos) para financiar la deuda de los bancos irlandeses, la burbuja inmobiliaria española, el endeudamiento de las empresas griegas o para especular, lo que hizo que la deuda privada en la periferia europea se disparase y que los bancos alemanes se cargaran de activos tóxicos (900.000 millones de euros en 2009).
Al estallar la crisis se resintieron gravemente pero consiguieron que su insolvencia, en lugar de manifestarse como el resultado de su gran imprudencia e irresponsabilidad (a la que nunca se refiere Merkel), se presentara como el resultado del despilfarro y de la deuda pública de los países donde estaban los bancos a quienes habían prestado. Los alemanes retiraron rápidamente su dinero de estos países, pero la deuda quedaba en los balances de los bancos deudores. Merkel se erigió en la defensora de los banqueros alemanes y para ayudarles puso en marcha dos estrategias. Una, los rescates, que vendieron como si estuvieran dirigidos a salvar a los países, pero que en realidad consisten en darle a los gobiernos dinero en préstamos que pagan los pueblos para traspasarlo a los bancos nacionales para que éstos se recuperen cuanto antes y paguen enseguida a los alemanes. Otra, impedir que el BCE cortase de raíz los ataques especulativos contra la deuda de la periferia para que al subir las primas de riesgo de los demás bajara el coste con que se financia Alemania.
El problema es que "todo eso es mentira. Los alemanes no solo no han pagado la crisis, sino que se han aprovechado de ella. Solo en intereses se han ahorrado 10.000 millones de euros el año pasado, algo de lo que se han beneficiado desde el inicio de la crisis. Además, están los intereses que pagan las naciones acreedoras. La realidad de la crisis del euro es esta: los pobres de Atenas están pagando a los ricos en Alemania".
Der Spiegel concluye recordando que estos experimentos han fracasado en el pasado, y que fallarán en el futuro, ya que los europeos no lo permitirán. Mientras los alemanes siguen aplaudiendo a su conciller, deberían marcar las palabras de Jean-Claude Juncker, presidente del Eurogrupo.
"Aquel que crea que el eterno asunto de la guerra y la paz en Europa ha sido enterrado de manera permanente estaría cometiendo un error monumental. Los demonios no han sido desterrados, simplemente están durmiendo", termina a modo de advertencia la revista.
O que acha destes pontos de vista?
- é justo comparar o Portugal de 1974 com o de 2000? Logo depois da revolução já deveriam os portugueses estar prontos para mudar o sistema político?
- depois da 2a guerra mundial, houve 4 anos de pausa até Schmidt tomar o poder. Os dois casos são assim tão fáceis de comparar?
- sobre a maturidade da política alemã, deve-lhe ter passado ao lado a foto do líder do SPD, publicada há duas semanas, mesmo antes das eleições: http://www.theweek.co.uk/europe/55128/peer-steinbruck-merkels-rival-gives-germany-finger
- a França teve a partir de 1974 15 primeiros ministros. Considerando que Barroso e Santana foram políticos em part-time, e que Portugal em 1974 acabou de sair de uma revolução, parece que a França ainda é menos civilizada que nós, não?
Caro João Pais:
a) Depois da 2ª Guerra, houve 29 anos até Scmith tomar o poder, e não 4.
b) O meu amigo compare a economia alemã com a francesa e depois diga-me. Nem comparável é a política socialista francesa com a social democrata alemã.
Caro Carlos Sério:
Opiniões são opiniões. Mas, no caso, não sei o que tem a ver a bota com a perdigota.
Enviar um comentário