As grandes empresas gostam de ver associado o seu nome a eventos de prestígio, como patrocínios de concertos de grandes orquestras, de temporadas de ópera ou de bailado, ou de recuperação de património, de que dão particular exemplo as cervejeiras dinamarquesas.
E põem sempre muito cuidado na publicitação normal da sua actividade, de modo a projectarem uma imagem de excelência.
Por isso, mais chocante se torna que uma empresa portuguesa de referência tenha permitido que o seu nome venha associado, num anúncio televisivo, às mais rasteiras superstições.
Nesse anúncio de 40 segundos, em que é divulgado o patrocínio dos 3 maiores clubes portugueses de futebol, não é o valor ou a qualidade, mas a superstição que aparece como factor de sucesso.
Nesses 40 segundos, é possível ver o guarda-redes em atitudes do género de dar marradinhas na baliza, antes do jogo, para afastar o mau olhado ou a má sorte, ou do género de um jogador a benzer-se ou de outro a beijar uma medalha, ambos desconfiados dos dotes da sua equipa e confiados mais na protecção divina, ou de outro a exibir um amuleto qualquer por várias vezes, ou de um técnico a retirar do bolso e a tocar um estranho objecto, para atrair a boa fortuna!...
Em vez de se associar ao que de belo há no desporto, a PT aprovou um anúncio em que se explora o que de mais deprimente existe no espírito humano.
Se os antigos procuravam no desporto uma “mens sana in corpore sano”, uma mente sã num corpo são, a PT mais não faz do que se associar a mentes doentes, exibindo-as, de uma forma popularucha, aviltante e “pimba”.
Não creio que seja uma associação proveitosa.
E admira-me que um Conselho de Administração tão institucional e com representantes mais ou menos explícitos do Estado consinta em tal dislate.
A menos que se identifique com ele!...
Seria uma esclarecedora demonstração do nivelamento por baixo de uma empresa de elite!...
E põem sempre muito cuidado na publicitação normal da sua actividade, de modo a projectarem uma imagem de excelência.
Por isso, mais chocante se torna que uma empresa portuguesa de referência tenha permitido que o seu nome venha associado, num anúncio televisivo, às mais rasteiras superstições.
Nesse anúncio de 40 segundos, em que é divulgado o patrocínio dos 3 maiores clubes portugueses de futebol, não é o valor ou a qualidade, mas a superstição que aparece como factor de sucesso.
Nesses 40 segundos, é possível ver o guarda-redes em atitudes do género de dar marradinhas na baliza, antes do jogo, para afastar o mau olhado ou a má sorte, ou do género de um jogador a benzer-se ou de outro a beijar uma medalha, ambos desconfiados dos dotes da sua equipa e confiados mais na protecção divina, ou de outro a exibir um amuleto qualquer por várias vezes, ou de um técnico a retirar do bolso e a tocar um estranho objecto, para atrair a boa fortuna!...
Em vez de se associar ao que de belo há no desporto, a PT aprovou um anúncio em que se explora o que de mais deprimente existe no espírito humano.
Se os antigos procuravam no desporto uma “mens sana in corpore sano”, uma mente sã num corpo são, a PT mais não faz do que se associar a mentes doentes, exibindo-as, de uma forma popularucha, aviltante e “pimba”.
Não creio que seja uma associação proveitosa.
E admira-me que um Conselho de Administração tão institucional e com representantes mais ou menos explícitos do Estado consinta em tal dislate.
A menos que se identifique com ele!...
Seria uma esclarecedora demonstração do nivelamento por baixo de uma empresa de elite!...
5 comentários:
É a PT a querer ser a empresa de telecomunicações do "povo", mas a praticar preços de "elite".
Acho que esse pressuposto da PT ser uma empresa de referência...nããa.
Também se me disser que o conselho de administração tem representantes mais ou menos explícitos dos governos, talvez. Do estado, já acho excessivo.
De resto, a PT é uma empresa de negócio de massas que obviamente ataca o seu mercado que são as massas.
Aquilo que realmente não entendo é porque é que a PT pensa que apresentar equipamentos dos outros dois clubes lhe traz mais negócio....:)
Caro Pinho Cardão,
1. Por acaso, essas cores até são a parte mais pimba do anúncio...:))
2. Essa dava uma looonga conversa...
3. Atitude de estado? Ah, isso sim.
4. Não me parece substancialmente diferente das outras empresas com o mesmo mercado alvo. Se é pimba, a culpa não é deles, é do alvo...
Mas, realmente, aquelas camisolas com riscas.....
Caro pinho cardão,
Ai são, sim. Muito mais caras...
Caro Pinho Cardão,
está assumir que os adeptos gostam de ver futebol. Esse era uma daquelas que os publicitários não iam cair...Aplicou a palavra certa, pimba! Tem mesmo que ser pimba!
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