Por razões várias…e dos óbvios convites, estive presente numa série de casamentos (não meus…claro…,que já o fiz uma vez e não me queixo…), nos últimos tempos.
Gostei, em geral, da liturgia. E gostei muito de alguns textos constantes do livrinho para acompanhar a cerimónia e que incluíam, para além de alusivas passagens da Bíblia, textos de bons escritores modernos, entre os quais, pasme-se, Gabriel Garcia Marquez.
No casamento de ontem, constava do livrinho e foi lido um excerto de uma carta de S. Paulo aos cristãos de Corinto sobre o amor.
Apesar de ser um texto clássico e conhecido, não hesito em reproduzi-lo, dada a sua substância e beleza literária.
“…Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como o bronze que ressoa ou o tímbalo que retine…
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a virtude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada sou...
E ainda que eu reparta todos os meus haveres e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita...
O amor é paciente, o amor é benigno; não é invejoso, não é altivo, nem orgulhoso, não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita nem guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade.
Tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta.
O amor não acaba nunca!...”
2 comentários:
EXCELENTE...
Todo o post é elegante. Os meus parabéns. Espero que os croquetes estivessem a condizer.
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