Este é o lema da candidatura do PSD à Câmara de Loures, com o objectivo de começarmos a dar valor ao que temos e de responsabilizar quem assumir a Presidência da Câmara pelos benefícios que pode proporcionar aos habitantes do Concelho, através de adequado aproveitamento das suas potencialidades.
Mas, se atendermos ao resultado do ranking de competitividade mundial realizado pelo Fórum Económico Mundial (FEM) e ontem publicado no "Público", esse lema pode ser assumido pelo país e, finalmente, inverter o nosso pendor derrotista.
Esse ranking diz que afinal somos competitivos. Tão competitivos que estamos à frente da Itália, da Espanha, de França e, pasme-se! da Irlanda. O honroso 22º lugar (em 117) deve-se à ausência de ameaças de terrorismo sobre a economia mas também, sublinhe-se, ao índice geral de tecnologia , com destaque para a promoção estatal das tecnologias de informação (13º) e à qualidade das instituições públicas quanto à sua isenção e independência.
As más notícias são que há excessiva centralização, excesso de burocracia e desperdício de dinheiros públicos. Em ano de eleições autárquicas, será muito oportuno pensar se os candidatos que vão ser eleitos serão os melhores para combater estes três dragões - decidindo com rapidez, simplificando e usando com todo o rigor e proveito para as populações os dinheiros públicos.
Mas, perguntarão, se é assim, porque é que continuamos cheios de dó de nós próprios, os coitadinhos da Europa, tão incapazes de competir com os melhores?
Pois é. O mesmo estudo mostra que o nosso pior é o índice de pessimismo - 113º! Pudera, há quanto tempo não temos uma boa notícia? Quando foi a última vez que foram divulgados os progressos tecnológicos na Administração ou louvada a independência dos Tribunais? É caso para ficarmos confusos, com esta boa notícia a ser-nos dada assim de chofre, numa machadada no nosso confortável cepticismo.
Afinal, temos poucas desculpas. Como diz o Miguel Frasquilho na sua candidatura, se temos tudo para ter tudo, porque é que não temos? Porque temos que mudar, que recuperar a confiança e trabalhar mais e melhor. Porque preferimos desistir a avançar, tropeçar no que julgamos não ter em vez de valorizar o muito que temos.
O Ministro das Finanças, segundo o mesmo jornal, comentou com prudência este resultado.
2 comentários:
Isto depois do INE me ter dito que vivia noutro país, este FEM confrmou em definitivo...Onde estamos, gente indígena que também fala português?
caro tonibler, não chega falar português para nos entendermos, há imensos exemplos por dia...
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