Na Sexta-feira passada, aquando da visita do primeiro-ministro e da ministra da Educação a uma escola da Figueira da Foz, o famoso Sindicato dos Professores da Região Centro, liderado pelo sumo-sacerdote Mário Nogueira, ensaiou mais uma das suas costumeiras investidas, impregnadas de impropérios e insultos, aos membros do Governo.
Tive oportunidade de presenciar a má-criação dos guerrilheiros-pedagogos em manifestações contra governos anteriores. Não é nada agradável ter de passar no meio de pessoas tão falhas de educação. Desconfio mesmo se possuem qualificações mínimas para exercerem actividades pedagógicas. Será que teriam a mesma conduta, na antiga URSS, jactando-se da sua má-criação face a algum ministro da educação ou chefe do governo? Coitadas das línguas!
Têm todo o direito a manifestarem-se, mas têm igualmente o dever de serem minimamente educados.
4 comentários:
Assim é, sendo que esse dever, meu Caro Professor, recai em particular sobre os educadores.
Lamentável é das palavras que por aqui mais se repetem. Mas nesta situação, lamentável é a palavra.
Não sei porque estão tão chocados... Quer dizer, até sei. É porque não têm de trabalhar com eles todos os dias, porque se tivessem perceberiam que aquela é a regra, havendo muito poucas excepções.
Ponto 1 - São professores, logo à partida o título confere-lhes o dom da sabedoria.
Ponto 2 - Nunca aceitam não como resposta.
Ponto 3 - Tiveram uma cadeira de Pedagogia na Universidade, por isso são automaticamente pedagogos e as suas metodologias são sempre as melhores.
Ponto 4 - Quando encontram os seus congéneres europeus, a pergunta mais frequente é: "Como é que é com as faltas no vosso país" (as faltas dos professores, entenda-se).
A lista é interminável, mas como disse o JMFA a palavra realmente adequada é "Lamentável".
Hmmm...pensava que a pergunta mais frequente quando encontravam os seus congéneres de outros países europeus seria uma coisa do género "Quanto é que vocês ganham?"
Ouvi vários comentários de pessoas escandalizadas com o modo como os professores se manifestaram. O que é difícil de entender é que os sindicatos, que tanto reclamam pela dignificação dos que representam, e os dos professores são os mais activos nisso, sejam os primeiros a contribuir para o descrédito e a má imagem dos que defendem. Concordo plenamente com o Prof. Massano Cardoso, há muitas maneiras de se manifestarem, parece é que já nem se lembram disso...
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