O Diário de Notícias de hoje refere que “ Ministro das Finanças culpa EDP pelo atraso no plano energético”.
Eu gostava de saber qual plano energético: o de Pina Moura, o de Carlos Tavares ou o de Manuel Pinho, só para falar nos últimos.
A dúvida tem razão de ser, porquanto o desenho ainda existente é, basicamente, o de Pina Moura.
Carlos Tavares embrenhou-se numa profunda reestruturação, mas esta foi recusada por Bruxelas.
E veio então o plano Manuel Pinho.
Na minha experiência de gestão de empresas, julgo que estes planos são o pior que pode haver para a economia nacional ou para as empresas que deles são vítimas, porque não sabendo estas quem são ou serão seus os accionistas, não terão estabilidade de gestão, nem objectivos e porque perdem interlocutores, já que estes não sabem quais as linhas de força da empresa a quem se dirigem.
As empresas vítimas destes planos denominados estratégicos também não podem fazer projectos, pela simples razão de não poderem escolher as alianças que podem ter, pois o “plano” pode fazer de um actual aliado um futuro adversário, ou vice-versa.
Os Governos privatizaram as empresas, mas continuam a querer mandar e a condicionar as decisões, que só a elas e aos seus accionistas deveriam pertencer.
Fazem-no com o argumento do interesse nacional.
Mas é do interesse nacional manter as empresas numa situação de permanente expectativa sobre a última moda ou sobre o próximo Ministro, quando se sabe que a rotação destes é bastante elevada?
E que garantias há de que, no momento seguinte, ou passados três ou quatro anos, um dos accionistas do plano não venda as suas acções, já que estas, estando cotadas, são livremente transaccionáveis?
Empresas privadas geridas pelo Ministério da Economia é a última invenção
portuguesa.
Excelsas estratégias, que levam a que as empresas nem sabem quais são os donos e os donos não sabem o que estão a fazer nas empresas.
O Ministro e o seu plano é que sabem!...
Depois, queixamo-nos da economia!…
Eu gostava de saber qual plano energético: o de Pina Moura, o de Carlos Tavares ou o de Manuel Pinho, só para falar nos últimos.
A dúvida tem razão de ser, porquanto o desenho ainda existente é, basicamente, o de Pina Moura.
Carlos Tavares embrenhou-se numa profunda reestruturação, mas esta foi recusada por Bruxelas.
E veio então o plano Manuel Pinho.
Na minha experiência de gestão de empresas, julgo que estes planos são o pior que pode haver para a economia nacional ou para as empresas que deles são vítimas, porque não sabendo estas quem são ou serão seus os accionistas, não terão estabilidade de gestão, nem objectivos e porque perdem interlocutores, já que estes não sabem quais as linhas de força da empresa a quem se dirigem.
As empresas vítimas destes planos denominados estratégicos também não podem fazer projectos, pela simples razão de não poderem escolher as alianças que podem ter, pois o “plano” pode fazer de um actual aliado um futuro adversário, ou vice-versa.
Os Governos privatizaram as empresas, mas continuam a querer mandar e a condicionar as decisões, que só a elas e aos seus accionistas deveriam pertencer.
Fazem-no com o argumento do interesse nacional.
Mas é do interesse nacional manter as empresas numa situação de permanente expectativa sobre a última moda ou sobre o próximo Ministro, quando se sabe que a rotação destes é bastante elevada?
E que garantias há de que, no momento seguinte, ou passados três ou quatro anos, um dos accionistas do plano não venda as suas acções, já que estas, estando cotadas, são livremente transaccionáveis?
Empresas privadas geridas pelo Ministério da Economia é a última invenção
portuguesa.
Excelsas estratégias, que levam a que as empresas nem sabem quais são os donos e os donos não sabem o que estão a fazer nas empresas.
O Ministro e o seu plano é que sabem!...
Depois, queixamo-nos da economia!…
1 comentário:
Caro Pinho Cardão:
Não foi o Manuel Pinho que criou empresas geridas pelo Min da Economia, foi o sujeito que inventou as privatizações com golden share e que se prepara para ser PR.
Claro que para os accionistas já habituados a funcionar em 'parceira estatal' desde os anos 50-60, a esses a coisa caiu bem, pelo que a Brisa e a PT,p.ex., correm bem.
A EDP tem os accionistas 'errados'.
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