A Espanha pretende legislar no sentido de conceder direitos humanos a quatro animais: chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos. Esta atitude vai de encontro ao International Great Ape Project. A ideia não é nova, mas agora, um país vai tomar uma posição oficial.
Já tive oportunidade de escrever neste blog sobre este assunto (“O chimpanzé humano”).
A intenção dos políticos espanhóis já foi alvo de críticas, pela Igreja, caso do arcebispo de Pamplona, que considera uma proposta “ridícula”, assim como pela Amnistia Internacional que invoca o facto de muitos seres humanos não terem os direitos que agora querem reconhecer aos macacos.
De acordo com a proposta, o que está em jogo é a protecção do habitat natural, evitando quaisquer maus-tratos e uso em actividades circenses. Claro que no preâmbulo da lei estão bem explanadas as “similaridades evolucionárias e genéticas entre humanos e macacos”. Mas ainda há dúvidas?
Já tive oportunidade de escrever neste blog sobre este assunto (“O chimpanzé humano”).
A intenção dos políticos espanhóis já foi alvo de críticas, pela Igreja, caso do arcebispo de Pamplona, que considera uma proposta “ridícula”, assim como pela Amnistia Internacional que invoca o facto de muitos seres humanos não terem os direitos que agora querem reconhecer aos macacos.
De acordo com a proposta, o que está em jogo é a protecção do habitat natural, evitando quaisquer maus-tratos e uso em actividades circenses. Claro que no preâmbulo da lei estão bem explanadas as “similaridades evolucionárias e genéticas entre humanos e macacos”. Mas ainda há dúvidas?
6 comentários:
Se o que que está em jogo é a protecção do habitat natural dos animais, o que é que isso tem a ver com direitos humanos?
Legisle-se adequadamente, evitem-se excessos e deixem-se os animais no sue habitat, mas cada macaco no seu galho.
Também eu acho que, macaquices à parte, cada um sabe de si e Deus de todos.
Agora que andam para aí um chimpanzés disfarçados de humanóides, ah isso andam...
Talvez por isso haja alguma perplexidade entre os cientistas.
Agora duvido que a protecção do seu habitat natural seja um desígnio humano.
Melhora fora que nos preocupássemos em proteger os nossos semelhantes desta confusão macaca.
Vivam os primatas em geral e os humanos em particular.
Abaixo o mimetismo humano dos comportamentos macacos.
A evolução dos conhecimentos permite-nos concluir que as semelhanças existentes não se expressem somente a nível do genoma, em que a partilha é muito superior a 90%, mas também a nível da comunicação e de outros atributos que eram considerados exclusivamente humanos. Quando se fala de habitat natural significa que se pretende dar a estas espécies “direitos de propriedade” sobre o território, por exemplo. Além do mais, as regras de experimentação nestes animais seriam muito mais exigentes, comparando-as às que são aplicadas aos seres humanos. São alguns exemplos que levam à tal expressão "dar direitos humanos". Se entretanto não os exterminarmos, tal como já fizemos relativamente a várias espécies e a outros seres humanos, caso dos Neandertais, é possível chegar a esse ponto.
O assunto é sério e incomoda muitos. Ainda bem. É precisamente isso que se pretende. A pretensa superioridade da ética antropogénica começa ser posta em causa.
Quanto à afirmação de que andam por aí chimpanzés travestidos de humanóides não concordo. Alguns seres humanos andam a comportar-se como macacos, isso sim, sem ofensa para estes últimos...
Bem, mas assim em Espanha há um novo ambiente para os chimpazés homosexuais. Podem casar...
Ilustre Professor Salvador Massano Cardoso
Contra evidências científicas não há argumentos. Apesar de nem todas as “certezas” de hoje serem as verdades do amanhã. Porém, nada tenho contra a preservação dos símios e de todas as demais espécies animais em risco de extinção. Também não concordo, em regra, com a aplicação desnecessária de maus-tratos a animais.
No meu curto comentário anterior apenas pretendi ironizar com os conceitos do post que lhe deu origem: “...conceder direitos humanos a quatro animais...” e “O chimpanzé humano”. Parecem-me expressões um pouco hiperbólicas, para não dizer impróprias, embora eventualmente justificadas pela essência da mensagem que pretendeu passar.
Por outro lado, o substantivo “chimpanzés” foi usado não na acepção de símio antropóide mas no sentido figurado de homem feio e desajeitado (a roçar o tonto, se transferirmos as deformações físicas para as limitações cognitivas). E, já agora, os termos “macaca” e “macacos” não foram utilizados como substantivos mas como adjectivos, pretendendo significar ardiloso ou finório (manha ou esperteza saloia).
Estamos de acordo, pois, no que à conclusão da sua glosa diz respeito.
Espero não me voltar a perder em macaquices. Já percebi que não está para momices em matéria de tão grande seriedade.
Já agora, caro Tonibler, a existência de chimpanzés homossexuais é também uma evidência científica? Eventualmente, nem todos os direitos humanos podem interessar aos chimpanzés?! Talvez haja outras prioridades antes da reivindicação do casamento monogâmico entre chimpanzés homossexuais, talvez... Mas, já não arrisco mais palpites.
Penso que se trata de matéria para uma abordagem sistémica do autor do post. :)
Caro Félix Esménio
Bem sei que quis ironizar!
Quanto à homossexualidade símia, um dia destes o tema será abordado, nem que seja para elucidar Tonibler e os seus “chimpanzés espanhóis”!…
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