Nunca mais conhecemos o estudo sobre a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde; desde Setembro do ano passado que começaram a sair as primeiras notícias sobre a entrega do relatório final ao ministro da Saúde!
Agora já vêm mais notícias de que não é só o ministro da Saúde que o tem, o ministro das Finanças também foi comtemplado: há dois homens que sabem do SEGREDO...no Parlamento, a oposição, usa todas as formas regimentais para o obter e...nada!
Suspeito que os peritos se tenham ficado pelos diversos cenários de aumentos das contribuições, subidas dos copagamentos directos dos cidadãos, no momemto da prestação---já vi algures o ministro a sugerir que se acabem com algumas isenções de taxas moderadoras e, não esqueçamos, foi "à boleia"das conclusões preliminares deste estudo, no tal Setembro de 2006, que surgiram os pagamentos dos internamentos, das cirurgias e os aumentos das taxas---
Ou que se limite a dizer que a sustentabilidade do SNS reside fundamentalmente no controlo da restante despesa pública---é excelente que se controle, há anos que toda a gente diz o mesmo...mas é pouco imaginativo e inovador para ser conclusão dum estudo destes---
Julguei que vinham aí ideias novas, ou melhor, propostas de novas práticas, agências de financiamento de base local (o tal relevo das autarquias), ou a criação de contas poupança em saúde, ou a liberdade de escolha dos cidadãos como "motor" de financiamento, ou mesmo o "opting out"...enfim, gostava de ver novas hipóteses fundamentadas em estudos actuais, frente à realidade actual.
Oxalá elas venham, desejo-o sinceramente, mas tanto tempo de esconderijo para este estudo leva-me a desconfiar que se fique pelo "deve e haver".
5 comentários:
Claro que fica pelo "deve" e pelo "haver".
Ou seja para "HAVER" direito do povo no acesso à saúde, tendencialmente gratuita, o povo "DEVE" pagar pela mesma!
Aqui não posso deixar de me perguntar (e aos presentes) se alguém tem alguma resposta (ou qualquer coisa semelhante) a uma dúvida existencial, baseada nos seguintes factos:
1- Daqui a uns anitos tenho de trabalhar até morrer;
2- Daqui a uns anitos não vou ter direito a reforma;
3- Actualmente não tenho (ou não irei ter) nem os meus filhos direito à saúde "tendencialmente" gratuita;
4- O apoio no desemprego é "tendencialmente" inexistente ou impossível de conseguir;
5- O abono de família (para quem tem filhos) é praticamente inexistente;
e a "5 million dolar question" é...
PARA QUE RAIOS PAGAMOS NÓS À SEGURANÇA SOCIAL?
Eu já ouvi o ministro a dizer que para garantir a sustentabilidade de um sistema universal e tendencialmente gratuito, os utentes têm que pagar mais.
O sistema de Saúde nacional, nasceu... saudável, digamos assim... cresceu saudável, na idade de cumprir o serviço militar obrigatório, veio lá da terra prá cidade e encetou o cíclo de vicicitudes a que não conseguiu resistir, adquiriu habitos que resultaram em pequenas infecções que alastraram a vários orgãos, contraíu cirrose (excesso de alcool),HIV (excesso de sexo sem protecção) obesidades diversas (alimentação desregrada), tuberculose, hepatite, diversas cardiopatias, em suma... agoniza, em coma ha alguns anos.
Eutanásia, é a solução, termine-se-lhe com o sofrimento, enterre-se o dito-cujo e comece-se tudo de novo.
Proponho a constituição de uma brigada de salvação para a saúde. O 4 R pode dar o primeiro passo, ideias fervilham em cada post, sente-se a vontade de compor o que está irremediávelmente perdido.
O país necessita de acção, deliniem-se as estratégias, assumam-se os riscos, encete-se o movimento. Todos sabemos onde encontrar José Socrates à 5ª feira, basta guiá-lo para outro corredor. Nem serão precisos cravos nem tanques.
Acabei de ouvir uma melhor ainda da boca do PM no Parlamento...
O choque tecnológico é andar a dar mais de meio milhão de PC's portáteis aos alunos, professores e inscritos no programa Novas Oportunidades (só aqui segundo ele já vai em mais de 240.000) à borla ou pela módica quantia de 150 EUR.
Agora já começo a ver para onde vai o meu dinheirinho da Segurança Social...(nem quero ouvir falar que o OE e o OSS são coisas diferentes porque o que mama é o mesmo, chamem-lhe o que quiserem)
É que para "HAVER" computadores à borla para toda a gente aqui o Zézinho "DEVE" pagar mais ao Estado e ter menos direitos!
Conheço alguns que já devem ter comprado ou criado umas empresas de venda de material informático!
Camarada Virus,
As empresas já estão criadas. Uns compram submarinos, outros seguradoras, outros computadores...O que é preciso é fazer um grande número para depois se poder tirar sem ninguém notar. Chama-se a isto captação de donativos.
Enviar um comentário