Num mar de más notícias, uma notícia boa é duplamente bem vinda. Não sendo suficiente para alterar a tendência de descida da natalidade, é benéfica a decisão do governo de aumentar a licença parental para seis meses, com o reforço do incentivo à sua partilha entre mãe e pai através da melhoria do montante do subsídio a pagar pela segurança social.
Se outras razões não existissem, o facto de os bebés poderem crescer mais tempo junto dos afectos e cuidados permanentes dos pais e de os pais poderem melhor conciliar a vida familiar com a vida profissional constituem boas razões para justificar o alargamento da licença parental. Este tipo de medidas pré-natais que tem incidência nos primeiros meses de vida das crianças não chega para travar o declínio demográfico, sendo necessário apostar em apoios que melhorem a qualidade de vida das famílias.
Se outras razões não existissem, o facto de os bebés poderem crescer mais tempo junto dos afectos e cuidados permanentes dos pais e de os pais poderem melhor conciliar a vida familiar com a vida profissional constituem boas razões para justificar o alargamento da licença parental. Este tipo de medidas pré-natais que tem incidência nos primeiros meses de vida das crianças não chega para travar o declínio demográfico, sendo necessário apostar em apoios que melhorem a qualidade de vida das famílias.
Trata-se, ainda assim, de um passo positivo num tempo em que anda esquecida a importância de construirmos uma sociedade assente no desenvolvimento humano e na responsabilidade social. Pena é que continuemos a adiar a discussão sobre o envelhecimento da população e que não sejam adoptadas políticas integradas e coerentes susceptíveis de inverter sustentadamente a baixa da natalidade.
2 comentários:
Cara Margarida
Apesar da propensão da mulher para ser mãe, tantos são os factores que actualpmentye a cerceam para levar a cabo esse desejo natural e legítimo, que não se sabe se amanhã só vão nascer creanças desde que se assegure aos pais tudo e mais alguma coisa. A situação, concordo é difícil, mesmo abstraindo a desgraçada conjuntura que vivemos, mas o certo é que algum sacrifício tem de ser suportado pelos pais, mesmo que o estado procure melhorar as condições de acompanhamento e de concretização de subsídios. Só que nesta perspectiva aparece sempre como um fantasma o vergonhoso apoio do estado ao aborto. Uma no cravo, loutra na feradura ; é bem a política socialista.
Claro Caro antoniodosanzóis que não é função do Estado substituir-se aos Pais, mas pode e deve proporcionar redes de apoios vários. O declínio demográfico é uma matéria de Estado e neste sentido a natalidade é um "bem público". Mas era o que faltava que o Estado ditasse o planeamento familiar.
Ainda agora estava a ver o telejornal e ouvi a notícia de que mais uma câmara municipal, desta feita Caminha, aprovou um pacote de incentivos à natalidade, no sentido de prevenir a desertificação e a "morte" da região.
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