Há dias fiquei perplexo com a notícia do nascimento de oito gémeos. Oito! Como é possível? E sobreviveram todos. Os médicos que assistiram a senhora até se tinham enganado, pensando que era portadora “apenas” de sete! Apareceu à última hora um oitavo! Desculparam-se com a confusão de tantos crânios, colunas e membros visualizados nas ecografias. Ao serem inquiridos se a senhora tinha sido sujeito a algum tratamento, limitaram-se a responder que não estavam a autorizados a falar nisso por vontade dos pais.
Afinal a situação merece uma análise mais cuidada. A senhora já tinha seis filhos, facto que nos leva a perguntar porque é que queria mais. Sim, porque a Natureza não deverá ter proporcionado a “felicidade” de ter uma ninhada deste género. À primeira vista tudo leva a crer que a senhora deverá ter sido sujeito a qualquer tratamento. E foi, não de indução da ovulação, porque o seu historial em matéria de produção de óvulos já tinha dado provas de que era capaz, mas, sujeita a implantação embrionária! Como é possível? Afinal a senhora sofre de uma perturbação psiquiátrica que leva à necessidade de ter crianças, de ter muitos filhos. Trata-se de uma senhora divorciada. Os seus seis filhos anteriores não resultaram do seu casamento, e, neste momento, vive com os pais.
A situação está a desencadear uma polémica nos E.U.A.. A situação não é para menos. Médicos a implantar oito embriões, numa mulher previamente bem parida, e com perturbações psiquiátricas, andam a fazer o quê? Um crime que não consigo entender, revelando falta de escrúpulos e violação ética incompatível com a prática médica.
Afinal a situação merece uma análise mais cuidada. A senhora já tinha seis filhos, facto que nos leva a perguntar porque é que queria mais. Sim, porque a Natureza não deverá ter proporcionado a “felicidade” de ter uma ninhada deste género. À primeira vista tudo leva a crer que a senhora deverá ter sido sujeito a qualquer tratamento. E foi, não de indução da ovulação, porque o seu historial em matéria de produção de óvulos já tinha dado provas de que era capaz, mas, sujeita a implantação embrionária! Como é possível? Afinal a senhora sofre de uma perturbação psiquiátrica que leva à necessidade de ter crianças, de ter muitos filhos. Trata-se de uma senhora divorciada. Os seus seis filhos anteriores não resultaram do seu casamento, e, neste momento, vive com os pais.
A situação está a desencadear uma polémica nos E.U.A.. A situação não é para menos. Médicos a implantar oito embriões, numa mulher previamente bem parida, e com perturbações psiquiátricas, andam a fazer o quê? Um crime que não consigo entender, revelando falta de escrúpulos e violação ética incompatível com a prática médica.
5 comentários:
Professor, vi esse caso nas notícias e também fiquei perplexo com a história toda. Digamos que foi algo para além da minha capacidade de entendimento. Fiquei também com várias dúvidas sobre um dos ângulos da questão, o ângulo legal, que talvez o caro amigo consiga clarificar-me.
Se o mesmo acontecesse em Portugal, legalmente os médicos podiam recusar-se a implantar os embriões na mãe? Mesmo que ela quisesse ficar grávida dessa forma os médicos podiam recusar? Se um caso desses chegasse a tribunal como seria, que desfecho seria de esperar? Há precedentes na Europa?
Este facto volta a colocar a questão dos limites da ciência. É lícito que uma pessoa, mesmo de livre vontade, possa ser instrumentalizada em nome da ciência? E podem os cientistas, no caso médicos, utilizando as potencialidades científicas, concretizá-las sem limites num ser humano?
Há um longo caminho a percorrer nestas questões. A ciência sem ética leva a abusos intoleráveis.
De facto, é utopia pensar a ciência como algo liofilizado ou quimicamente puro, pois há quem se aproveite para objectivos preversos. E, não há muito tempo, Hitler, por mero exemplo.
A nossa lei permite que “Na fertilização in vitro apenas deve haver lugar à criação dos embriões em número considerado necessário para o êxito do processo, de acordo com a boa pratica clínica e os princípios do consentimento informado”.
“O número de ovócitos a inseminar em cada processo deve ter em conta a situação clínica do casal e a indicação geral de prevenção da gravidez múltipla”.
Além do já referido nunca se faria, entre nós, a implantação na senhora, por não reunir condições para a procriação medicamente assistida e nem possuir condições psicológicas para o efeito. Sendo assim, nunca “poderia” acontecer em Portugal.
Atendendo a que a loucura anda à solta desde a noite dos tempos, nada impede uma má utilização das técnicas, o que é lamentável, porque além de contribuir para o “descrédito” da ciência passa a ser usada como “argumento anti-ciência”, tão ao gosto de algumas correntes doutrinárias. De qualquer modo, continuo a acreditar mais na boa utilização da ciência do que na má. E não é só na ciência que pode ocorrer uma má utilização. É em tudo em que o ser humano intervém. Basta olhar em redor...
é mesmo um caso de loucura à solta, mas uma loucura colectiva e transversal, abrnageu muita gente e de várias estirpes, desde a mãe desequilibrada a todos os técnicos e médicos que participaram... Que diabo de história!
E se uma mulher recorrer ao aborto pela oitava vez? Que diríamos?
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