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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Demagogias

Um país que parece que não se importa com o clima de permanente hipnose em que se mantem mergulhado, que demora a cobrar pela inverdade ou pelo incumprimento de promessas, abre campo à mais descarada demagogia. Só isto explica que o secretário-geral do PS, responsável como Primeiro Ministro pelo maior aprofundamento das desigualdades sociais de que há memória em democracia, se dê ao luxo de propagandear com todo o á-vontade que os problemas se resolvem agravando a conta fiscal dos ricos, sem se achar no dever de dizer a quem se refere!
Resta-nos a satisfação de vermos que o silêncio voluntário de alguns correlegionários do Engenheiro José Sócrates mostra que afinal ainda há quem entenda que a dose de populismo é excessiva…

4 comentários:

Anónimo disse...

Esse discurso anti-ricos e muito na onda dum de má memória que tinha como slogan "Os ricos que paguem a crise", não era um apanágio daquela coisa Caderno de Esquerda ou nome afim que a minha mente teimosamente não se quer lembrar?

É que nesses ainda pode ser aceitavel, afinal, qualquer país e sistema político tem que ter os seus pontos de descontracção e diversão. Até as familias reais tinham os seus bobos da corte.

Houve para aqui uma qualquer mistura de papeis que, parece-me, escapou ao me entendimento. Mas o que aflora ao meu entendimento, isso sim, é que essa retórica anti-ricos, ainda vai dar muito mau resultado aos outros. É que o dinheiro, se há coisa que tem, é um instinto de preservação muito grande. E se o atacam, seja demagogia ou não...

Anónimo disse...

...some-se para outras paragens, Zuricher. É dos livros.
O discurso "os ricos que paguem a crise" é de resto tanto mais caricato quanto é certo que não somos um país de ricos, somos infelizmente um país de cada vez mais pobres e cada vez menos um povo de orgulhosos remediados, como dantes se chamava à classe média.
Mas, meu caro Zuricher, é exactamente porque o secretário-geral do PS sabe que somos um país de pobres, é que faz o discurso anti-rico. Foi aliás desse ódio ao sucesso e à criação de riqueza que viveu sempre a chamada esquerda e fizeram carreira muitos dos notáveis dirigentes socialistas (que estou para ver se escapam à definição de rico que Sócrates espero que venha a revelar). Com os ventos sopram daí, vai de cavalgar a onda. Vale tudo. E a procissão ainda vai no adro!

Anónimo disse...

Pois é, caro Ferreira de Almeida, pois é. Tem sido esse ódio aos ricos, ao sucesso e à criação de riqueza que vêm norteando o Portugal dos últimos anos. Aliás, muitos desses que o propalam não têm qualquer interesse em elevar o nível de vida dos mais desfavorecidos, de todo em todo. O seu interesse é outro, o de destruir os mais favorecidos e assim, onde há poucos ricos passarem a haver nenhuns mesmo. Mas não desesperemos. Tal ódio irá suceder em fazer de Portugal a Albânia da Europa Ocidental. Com jeitinho, com jeitinho, grão a grão...

Pinho Cardão disse...

Demagogia da mais primária!...
Não diz a quem tira e não revela a quem dá!...
E os ricos são todos iguais?
Um rico que poupa e investe e cria emprego e gera actividade económica é igual a um rico que dissipa?