Há muitos anos tive uma curta experiência sobre os efeitos da falta de luz solar no comportamento. Passei um pouco mais do que uma semana, em pleno Dezembro, numa cidade universitária sueca. O frio pouco me incomodou, o pior foi ter que começar a trabalhar à tarde já praticamente de noite. Acabava de almoçar quase ao lusco-fusco e, de repente, sem dar conta, a luz solar desaparecia. Ao terceiro dia comecei a ficar aborrecido e perguntei para que me indicassem um edifício suficientemente alto. Olharam para mim com ar interrogador e lá lhes expliquei que queria ver o Sol. E assim fiz. Ao final da manhã do quarto dia, salvo erro, fui a um terraço do edifício da universidade e olhei com saudades para o disco solar que roçava discretamente o horizonte. Acabei por concluir que aquelas paragens não se coadunavam com a minha fisiologia, sobretudo a mental. Ás tantas devia pertencer ao grupo dos que sofrem de “doença afetiva sazonal”, situação que atinge muitas pessoas, as quais precisam de luz, muita luz, para poderem funcionar normalmente. Conclui: sou mesmo um “sulista”, um típico representante mediterrânico.
O Sol, na sua miríade de atributos, é vital para prevenir muitas doenças, caso do raquitismo, por exemplo. Através da síntese da vitamina D, produzida a nível da pele, devido à ação das radiações ultravioletas, o Sol consegue ir mais longe, ao ponto de ajudar a prevenir certas formas de cancro (mas o excesso de exposição provoca, por seu lado, tumores da pele). Mas não fica por aqui, também contribui para estimular as nossas defesas, diminui o risco de doenças inflamatórias e metabólicas, caso da diabetes, e, agora, chegou-se à conclusão de que a vitamina D reduz o risco de demência e de outras alterações da esfera cognitiva.
Investigadores norte-americanos concluíram que as pessoas com níveis elevados de vitamina D são mais equilibradas na forma de pensar, na compreensão e no comportamento face aos que apresentam níveis mais baixos de tão importante vitamina.
É certo que estamos no Inverno, em que os dias são mais pequenos, facto que pode atingir os mais sensíveis, mas, aliado a este fenómeno natural, andamos nos últimos tempos debaixo de chuva e praticamente sem luminosidade solar. Ontem, mas sobretudo hoje, o Sol fez a sua aparição em pleno. Para matar saudades, e venerá-lo, tive uma sorte dos diabos, acabando por ficar com a manhã praticamente livre, facto que me levou até à beira-rio onde divinamente me espraiei com um bom livro nas unhas.
Às tantas, acabei por fazer algumas associações e recordar certos acontecimentos, até porque o jornal que me acompanhava (mas que não abri!) exclamava na primeira página o debate parlamentar de ontem. De facto, a reportagem televisiva, ao mostrar os comportamentos dos intervenientes, causou-me mal-estar e mesmo indignação pela forma muito pouco correta com que se dirigiram uns aos outros, revelando falta de postura e de compreensão. Em síntese revelaram perturbações comportamentais que, eu, na minha boa fé, atribui à “falta de vitamina D” dos senhores deputados e membros do governo! Só pode ser isso, pensei. O melhor a fazer é pôr aquela rapaziada ao Sol, antes dos debates, contribuindo para aumentar os níveis desta vitamina. Para o efeito, poderiam deslocar-se a um país tropical, ou, em alternativa, caso o orçamento não contemple estas despesas, frequentar “solários”, a serem criados no Parlamento, obrigando-os a permanecer durante o máximo tempo possível para poderem usufruir os seus efeitos positivos, evitando tristes figuras.
A vitamina D é vital para combater o raquitismo (ósseo), como todos sabem, mas quem diria que pode ajudar a reduzir o “raquitismo mental”?
O Sol, na sua miríade de atributos, é vital para prevenir muitas doenças, caso do raquitismo, por exemplo. Através da síntese da vitamina D, produzida a nível da pele, devido à ação das radiações ultravioletas, o Sol consegue ir mais longe, ao ponto de ajudar a prevenir certas formas de cancro (mas o excesso de exposição provoca, por seu lado, tumores da pele). Mas não fica por aqui, também contribui para estimular as nossas defesas, diminui o risco de doenças inflamatórias e metabólicas, caso da diabetes, e, agora, chegou-se à conclusão de que a vitamina D reduz o risco de demência e de outras alterações da esfera cognitiva.
Investigadores norte-americanos concluíram que as pessoas com níveis elevados de vitamina D são mais equilibradas na forma de pensar, na compreensão e no comportamento face aos que apresentam níveis mais baixos de tão importante vitamina.
É certo que estamos no Inverno, em que os dias são mais pequenos, facto que pode atingir os mais sensíveis, mas, aliado a este fenómeno natural, andamos nos últimos tempos debaixo de chuva e praticamente sem luminosidade solar. Ontem, mas sobretudo hoje, o Sol fez a sua aparição em pleno. Para matar saudades, e venerá-lo, tive uma sorte dos diabos, acabando por ficar com a manhã praticamente livre, facto que me levou até à beira-rio onde divinamente me espraiei com um bom livro nas unhas.
Às tantas, acabei por fazer algumas associações e recordar certos acontecimentos, até porque o jornal que me acompanhava (mas que não abri!) exclamava na primeira página o debate parlamentar de ontem. De facto, a reportagem televisiva, ao mostrar os comportamentos dos intervenientes, causou-me mal-estar e mesmo indignação pela forma muito pouco correta com que se dirigiram uns aos outros, revelando falta de postura e de compreensão. Em síntese revelaram perturbações comportamentais que, eu, na minha boa fé, atribui à “falta de vitamina D” dos senhores deputados e membros do governo! Só pode ser isso, pensei. O melhor a fazer é pôr aquela rapaziada ao Sol, antes dos debates, contribuindo para aumentar os níveis desta vitamina. Para o efeito, poderiam deslocar-se a um país tropical, ou, em alternativa, caso o orçamento não contemple estas despesas, frequentar “solários”, a serem criados no Parlamento, obrigando-os a permanecer durante o máximo tempo possível para poderem usufruir os seus efeitos positivos, evitando tristes figuras.
A vitamina D é vital para combater o raquitismo (ósseo), como todos sabem, mas quem diria que pode ajudar a reduzir o “raquitismo mental”?
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