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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Garzón

Confesso que fiquei satisfeito, apesar de tudo e de todos...

8 comentários:

Anónimo disse...

"La sentencia estima que los historiadores tienen su papel y que los jueces tienen el suyo y no se pueden mezclar".

Massano Cardoso disse...

Pois não! Mas como e quem é que define as fronteiras? Se cada um dos grupos se comportasse como a água e o azeite então as coisas seriam mais fáceis...

Rui Fonseca disse...

E depois desta sentença do Supremo Garzón é reintegrado por ter sido absolvido pelo Supremo ou continua expulso da magistratura?

Rui Fonseca disse...

Só depois de ter comentado concluí que a decisão do Supremo se refere a um caso e a expulsão a outro.

Aguarde-se pela decisão quanto ao recurso da sentença que o expulsou.

Para já, também me sinto satisfeito com a notícia de hoje.

Pinho Cardão disse...

Garzón não prevaricou, mas errou, diz o Supremo. Confirma-se mais uma vez o erro. Garzón não foi absolvido da atitude, apenas se considerou que não prevaricou. E o erro de um juíz pode ser trágico para a ideia de justiça. E desse erro Garzón não se liberta.
Quanto ao mais, sublinho o que o Tribunal referiu e o Ferreira de Almeida anotou: "La sentencia estima que los historiadores tienen su papel y que los jueces tienen el suyo y no se pueden mezclar".
Importante destrinça, porque os historiadores não podem mandar ninguém para a prisão.

Massano Cardoso disse...

Pois não! Os historiadores não podem mandar para a prisão, mas podem manchar as pessoas as quais nunca conseguiram libertar-se da má fama...

Rui Fonseca disse...

Caro António,

Tens uma fé indestrutível na boa fé dos juízes e na objectividade com que interpretam os factos e as leis aplicáveis.

O actual PGR, Conselheiro Pinto Monteiro, com um palmarés notável, tem uma fé diferente: afirmava ontem que "os juízes são culpados pelas poucas condenações de crime económico" (Cf aqui sff:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=541005)

Aos juízes o que é da Justiça, aos historiadores o que é da História.Muito bem.
Com uma nuance: A Justiça vai a reboque da História e, geralmente, com razoável atraso.

Sei que és um admirador de Camilo. Estou certo que leste "Retrato de Ricardina". Não sei se te recordas que a páginas tantas o Corregedor de Coimbra mandou prender o abade Leonardo (pai incógnito de Ricardina) por este ameaçar dar duas bofetadas ao Corregedor se ele estivesse fora do Tribunal.

O Corregedor era liberal, o abade um iracundo absolutista.

Passado não sei quanto tempo (mas não foi muito) D. Miguel foi aclamado rei absoluto.

Resultado: O abade foi solto e o Corregedor sumiu-se.

Passou-se isto no primeiro quartel do sec XIX. Hoje é diferente?

Não tanto, António. Se tanto.

Suzana Toscano disse...

Há vários processos contra G. é bom que seja condenado no que teve culpa e ficou provado e que seja absolvido quando assim não aconteceu. Como deve acontecer a qualquer pessoa que enfrente a Justiça.