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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Corrida ao ouro...


As lojas de compra e venda de ouro nascem como cogumelos. Um sector que até há bem pouco tempo tinha uma dimensão reduzida, tem vindo a ganhar dimensão à custa do aprofundamento da austeridade e do crescimento da criminalidade. A crise fez florescer este negócio. Sinais do tempo.
No bairro onde moro abriram num curto período de tempo três destas lojas e ao que julgo saber o negócio vai próspero, embora quando me atrevo a espreitar não veja viva alma.   
Sempre me interroguei sobre os perigos desta actividade, sobre a possibilidade de estas lojas constituírem centros de compra de ouro roubado, com origem criminosa, e locais em que a fragilidade económica das pessoas que aí se dirigem para vender os seus bens é aproveitada para a obtenção do lucro fácil. A sedução do acesso rápido ao dinheiro fresco ali mesmo à mão leva muitas pessoas em situação vulnerável a tomarem decisões impensadas, sem possibilidade de uma contra-avaliação credível.  
É portanto uma boa notícia a iniciativa em curso, que só peca por vir atrasada, de preparação de legislação que visa regular o licenciamento, o comércio e a publicidade desta actividade. Neste momento é fácil a abertura de uma loja, com um regime quase inexistente de licenciamento, em que o negócio é feito sem o controlo das autoridades policiais e em que faltam regras exigentes que protejam os consumidores. É urgente que o sector não se transforme numa "selva"...

2 comentários:

Ide levar no déficite ide disse...

um pequeno volume de ouro representa a renda e o salário do avALIADOR, UMA loja com 200 a 300 gramas mensais 2 fios ou 6 pulseiras ou 30 a 50 anéis e medalhas

fará 6000 a 10000 euros de compras
com uma margem de lucro de 20 a 25%
ou mais no caso de comprar platina

2 fios representam uma visita quinzenal a uma loja

ou seja não é preciso aparecerem muitos vendedores

excepto se a renda for alta...

Para a Posteridade e mais Além disse...

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