Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

RTP-um novo condicionamento industrial

A ideia do condicionamento industrial de Salazar ressurgiu em pleno pela mão das “forças progressistas” que defendem a RTP tal como está: não se pode privatizar, porque a privatização põe em causa a subsistência das estações privadas existentes.
Argumento tremendo. Os progressistas querem vedar novo investimento, em defesa de interesses já instalados e arrogam-se o poder, como se o dinheiro fosse deles, de dizer onde se deve ou não investir. Se a privatização põe em causa as estações privadas, é porque os contribuintes indirectamente as estão a financiar, através das enormes dotações à RTP. O que significaria o público ao serviço do privado. Progressismo que se compreende: têm uma estação pública ao seu dispor e não têm que a pagar.  
Aliás, a argumentação é a mesma de há vinte e dois anos, quando os mesmos progressistas afirmavam não haver viabilidade, nem económica, nem financeira, para as estações privadas.
Embora o condenem, são essas forças as maiores defensoras de um novo condicionamento industrial. Pior do que o de Salazar. Porque é para se protegerem a si próprias.
Por isso, nem querem ouvir falar que sejam os privados decidir do seu próprio investimento.
 

4 comentários:

Anónimo disse...

Outros tempos, Pinho Cardão. Mas para lá das aparências e do discurso, há personagens do progressismo atual que não destoariam de emparelhar com o Doutor Salazar na sua visão sobre a economia nacional e, nela, o papel das pessoas e das empresas.
Tem, por isso, toda a razão quando assinala aquilo que não é bem um regresso ao passado pois, a bem dizer, nunca deixámos de ter um regime de condicionamento. O que deixámos foi de ter industria!

Pinho Cardão disse...

Pois é isso mesmo, caro Ferreira de Almeida. Condicionamento, puro e simples e total. Dantes, até era só industrial. Progredimos, pois, na continuidade.

Suzana Toscano disse...

Quando o mercado é pequeno e débil é muito fácil que da livre concorrência resultem posições dominantes e então lá se vai a concorrência, não vale a pena pensar que serão os reguladores a controlar os danos.

Mirna disse...


Claro, eu concordo totalmente. Eu acho que as posições extremas são inúteis ou ninguém quer. Nem o monopólio privado ou monopólio estatal. Mar petrolio na indústria, dos meios de comunicação, ou condicionador de cabelo. Para dar um exemplo. Em qualquer indústria.