Velho sábio
Estive há dias em Ferreira do Alentejo num casamento na bonita igreja do século XVI dedicada a Nossa Senhora da Conceição, cuja imagem terá acompanhado Vasco da Gama até à Índia.
O livrinho de acompanhamento da cerimónia religiosa incluía um excerto de Gabriel Garcia Marquez, para mim inesperado em tal circunstância, mesmo que alusivo ao casamento.
Dizia o autor:
“…Outra coisa bem diferente teria sido a vida para eles, se tivessem sabido a tempo que era mais fácil ultrapassar as grandes catástrofes matrimoniais que as misérias maiúsculas do dia a dia. Mas se alguma coisa tinham aprendido juntos era que a sabedoria só nos chega quando não serve para nada…!”
Não tenho o dom de gostar de Garcia Marquez, mas o pensamento, inesperadamente servido numa cerimónia da Igreja Católica, é bem bonito e muito verdadeiro!...
4 comentários:
Por outras palavras, Ana Blandiana pretendeu dizer o mesmo que o (São) Gabriel Marques que tanto tem impressionado o nosso Pinho Cardão:
"Devia-se nascer velho, começar pela sabedoria, para decidir o seu destino"
Também há a versão popular. "Se a juventude soubesse, se a velhice pudesse!"
Meu caro amigo, o diabo sabe muito, não por ser diabo, mas porque é velho. Deve ser o único em que sabedoria quando chega ainda lhe serve para alguma coisa. Não sei se a afirmação é extensível a alguns diabretes que andam por aí…
Ó Sr. Dr.!!!...
Perdoe-me a indiscrição, mas andamos um bocadinho apaixonados não?
Essa história do casamento no Alentejo, bateu-lhe forte e feio (ou bonito consoante as perspectivas).
Nota adicional: Entenda-se que «apaixonado» pode ser por muitas coisas, pessoas e vida em geral. Não deve ser entendido no seu sentido particular, como ocorre na maioria das vezes.
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