E nem sequer se trata de uma "Lei de Murphy". Como por exemplo: "Qualquer coisa que possa correr mal, então vai correr mal". A minha dúvida consiste em não conhecer a anti-lei e o seu efeito.
Nada de inesperado. Numa fase inicial usufruímos da globalização. Agora, sofremos as consequências desse usufruto. Não há almoços grátis. Nunca houve. http://existenciasustentada.blogspot.pt/2010/09/3globalizacao.html
Posso introduzir alguma racionalidade matemática nesta conversa? O mapa em questão compara crescimento de GDP. Cada país tem um activo (e um passivo) que gera um produto que se acrescenta a esse activo. A esse produto chamamos PIB(GDP). O crescimento ou decrescimento do PIB é a variação desse produto, isto é,se está a crescer mais ou menos, mas a crescer estão todos!
Uma analogia é termos uma autoestrada onde vão dois Mercedes e 10 Tatas. Os Mercedes vão a 180 e passam para 185, os Tatas vão a 80 e passa para 90. Os Tatas estão a azul os Mercedes a amarelo.... Em termos de equilíbrio, obviamente os Tatas vão tender a ser Mercedes, não percebo a admiração. E espero que assim seja durante o tempo suficiente para ficarem todos a amarelo...
Mas parece que por cá, finalmente! fez-se luz, a fazer fé nas palavras do PM, hoje na AR:
"O Governo vai realizar na terça-feira um Conselho de Ministros extraordinário para aprovar uma "estratégia de crescimento e de fomento industrial" aberta à discussão com os parceiros sociais e com os partidos políticos, anunciou hoje o primeiro-ministro. "Na próxima terça-feira, faremos uma reunião extraordinária só para aprovar este documento. Será uma aprovação na generalidade que o Governo fará, para depois pôr à discussão com os parceiros sociais e também com os partidos políticos", afirmou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal, na Assembleia da República."
Preocupante. "Estratégia de crescimento e de fomento industrial" vindo de alguém que é responsável pelo estado português é porque vem aí, sob qualquer perspectiva, asneira da grossa. Realmente, o que os portugueses precisavam para formar empresas era da opinião de alguém que sempre trabalhou para o estado. Nem sei como é que ninguém se lembrou disto antes...:)
Pois, caro Tonibler, também ouvi dizer isso, mas por aquilo que oiço dizer aos empresários não é preciso grande capacidade para por em prática alguns princípios para o crescimento!. Começa-se de facto por uma -"Estratégia de crescimento e de fomento industrial"-, que obviamente terá de ser encontrada na inteligência nacional de acordo com os empresários. Elencados estes princípios só resta aligeirar alguns erros recorrentes como por exemplo, a desburocratização a todos os níveis de intervenção necessários para formação de empresas, principalmente naqueles casos em que os pareceres se arrastam nos diversos serviços; e depois apoio ao financiamento. É isto que eu oiço da parte de quem quer investir... Portanto, não é difícil, ainda bem que o PM começou a refundir-se! ;)
Eu tenho uma estratégia para o crescimento: Não tenham estratégias para o crescimento. Se as estratégias para o crescimento funcionassem, porque é que não funcionaram?
Percebo-o muito bem, e admito que a questão que põe é pertinente...
Mas se calhar não crescemos ainda o suficiente para esgadanharmos cada um por seu lado, por isso precisamos de estratégias, ainda que só algumas deem resultado, já é alguma coisa!. Além domais, foi com estratégias, boas e más, que chegamos até aqui. Não se ganham batalhas sem estratégias… ;)
Hum... o caso em que fomos bem sucedidos por aplicarmos uma estratégia foi... ora deixa cá ver... aquele .... o... está-me na ponta da língua... talvez o...nop! Nem um!
Bem vista, a racionalidade matemática do caro Tonibler, tem toda a lógica,embora o vermelho já não signifique, creio eu, o aumento da velocidade do mercedes mas sim a perda. Em qualquer caso, se calhar era pior estar a Europa a azul escuro e todo o mundo a amarelo ou encarnado, quando assim era a grande luta era "promover" o crescimento dos outros. Mas a senhora Lagarde ficou muito preocupada por a Europa ser a zona do mundo com menos crescimento. QUanto às políticas de fomento, também lhe dou razão, caro Tonibler (é de ser 6ª feira :)mas tenho ouvido que as políticas de austeridade eram para promover o crescimento logo a seguir, já que se meteram a tratar da 1ª parte agora façam também a segunda...
Como já é 6ª feira, está desculpada cara Suzana, mas a segunda parte não vem das políticas. Das políticas (e não estou a falar dos políticos do sexo feminino) nunca vem nada de bom nesse sentido tirando aquilo que já sabemos desde as cavernas, não se deixam morrer os nossos. Na economia, como na dança, são sempre precisos dois, tirando quando o estado "fomenta" em que passam a ser três: os dois que ganham e eu.
A 1ª parte veio das segundas partes das últimas duas décadas, não veio para fazer outras segundas partes. Espero!
Crescimento? Banha da cobra. Precisamos de reconhecer e aceitar a situação. Só assim poderemos evoluir para soluções efectivas Não vai haver qualquer crescimento. Pelo menos antes de cairmos bastante. Não estamos a passar por uma qualquer crise, de onde se recupera para a situação de origem. Estamos a ajustar em baixa, para um ponto situado bem abaixo daquele que alguma vez teremos pensado poder cair um dia.
23 comentários:
O que significa que o velho continente está mesmo doente, nem as exportações para os países emergentes atenuam as dificuldades internas...
É assim tão surpreendente?
E nem sequer se trata de uma "Lei de Murphy". Como por exemplo: "Qualquer coisa que possa correr mal, então vai correr mal".
A minha dúvida consiste em não conhecer a anti-lei e o seu efeito.
Apenas a roda da História.
A pequena Europa, desde 1945 no papel da Grécia romana, 146 bC...
Quando é que voltaremos a estar pintados de azul?
Quando deixarmos de estar pintados de vermelho.
Nada de inesperado.
Numa fase inicial usufruímos da globalização.
Agora, sofremos as consequências desse usufruto. Não há almoços grátis. Nunca houve.
http://existenciasustentada.blogspot.pt/2010/09/3globalizacao.html
Estado a mais, meus caros, Estado a mais...
Desperdício de dinheiro, sofre a economia; sofrendo a economia, sofrem os cidadãos.
Faça o favor de definir "Estado", Sr. Dr. Pinho Cardão. Só para compararmos definições...
Austerismo irracional teria que dar este resultado.
Posso introduzir alguma racionalidade matemática nesta conversa? O mapa em questão compara crescimento de GDP.
Cada país tem um activo (e um passivo) que gera um produto que se acrescenta a esse activo. A esse produto chamamos PIB(GDP). O crescimento ou decrescimento do PIB é a variação desse produto, isto é,se está a crescer mais ou menos, mas a crescer estão todos!
Uma analogia é termos uma autoestrada onde vão dois Mercedes e 10 Tatas. Os Mercedes vão a 180 e passam para 185, os Tatas vão a 80 e passa para 90. Os Tatas estão a azul os Mercedes a amarelo.... Em termos de equilíbrio, obviamente os Tatas vão tender a ser Mercedes, não percebo a admiração. E espero que assim seja durante o tempo suficiente para ficarem todos a amarelo...
Mas parece que por cá, finalmente! fez-se luz, a fazer fé nas palavras do PM, hoje na AR:
"O Governo vai realizar na terça-feira um Conselho de Ministros extraordinário para aprovar uma "estratégia de crescimento e de fomento industrial" aberta à discussão com os parceiros sociais e com os partidos políticos, anunciou hoje o primeiro-ministro.
"Na próxima terça-feira, faremos uma reunião extraordinária só para aprovar este documento. Será uma aprovação na generalidade que o Governo fará, para depois pôr à discussão com os parceiros sociais e também com os partidos políticos", afirmou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal, na Assembleia da República."
E esta!
Preocupante. "Estratégia de crescimento e de fomento industrial" vindo de alguém que é responsável pelo estado português é porque vem aí, sob qualquer perspectiva, asneira da grossa. Realmente, o que os portugueses precisavam para formar empresas era da opinião de alguém que sempre trabalhou para o estado. Nem sei como é que ninguém se lembrou disto antes...:)
Pois, caro Tonibler, também ouvi dizer isso, mas por aquilo que oiço dizer aos empresários não é preciso grande capacidade para por em prática alguns princípios para o crescimento!. Começa-se de facto por uma -"Estratégia de crescimento e de fomento industrial"-, que obviamente terá de ser encontrada na inteligência nacional de acordo com os empresários. Elencados estes princípios só resta aligeirar alguns erros recorrentes como por exemplo, a desburocratização a todos os níveis de intervenção necessários para formação de empresas, principalmente naqueles casos em que os pareceres se arrastam nos diversos serviços; e depois apoio ao financiamento. É isto que eu oiço da parte de quem quer investir...
Portanto, não é difícil, ainda bem que o PM começou a refundir-se! ;)
Eu tenho uma estratégia para o crescimento: Não tenham estratégias para o crescimento. Se as estratégias para o crescimento funcionassem, porque é que não funcionaram?
Percebo-o muito bem, e admito que a questão que põe é pertinente...
Mas se calhar não crescemos ainda o suficiente para esgadanharmos cada um por seu lado, por isso precisamos de estratégias, ainda que só algumas deem resultado, já é alguma coisa!. Além domais, foi com estratégias, boas e más, que chegamos até aqui. Não se ganham batalhas sem estratégias… ;)
Hum... o caso em que fomos bem sucedidos por aplicarmos uma estratégia foi... ora deixa cá ver... aquele .... o... está-me na ponta da língua... talvez o...nop! Nem um!
EH EH EH
Também não é tanto assim, nem sequer o proteccionismo do estado novo, apoiado e defendido pelos empresários da altura, escapa!?
Bem vista, a racionalidade matemática do caro Tonibler, tem toda a lógica,embora o vermelho já não signifique, creio eu, o aumento da velocidade do mercedes mas sim a perda. Em qualquer caso, se calhar era pior estar a Europa a azul escuro e todo o mundo a amarelo ou encarnado, quando assim era a grande luta era "promover" o crescimento dos outros. Mas a senhora Lagarde ficou muito preocupada por a Europa ser a zona do mundo com menos crescimento.
QUanto às políticas de fomento, também lhe dou razão, caro Tonibler (é de ser 6ª feira :)mas tenho ouvido que as políticas de austeridade eram para promover o crescimento logo a seguir, já que se meteram a tratar da 1ª parte agora façam também a segunda...
:))))
"(...)já que se meteram a tratar da 1ª parte agora façam também a segunda...)"
Está muito boa, sim senhora!
Como já é 6ª feira, está desculpada cara Suzana, mas a segunda parte não vem das políticas. Das políticas (e não estou a falar dos políticos do sexo feminino) nunca vem nada de bom nesse sentido tirando aquilo que já sabemos desde as cavernas, não se deixam morrer os nossos.
Na economia, como na dança, são sempre precisos dois, tirando quando o estado "fomenta" em que passam a ser três: os dois que ganham e eu.
A 1ª parte veio das segundas partes das últimas duas décadas, não veio para fazer outras segundas partes. Espero!
Crescimento?
Banha da cobra.
Precisamos de reconhecer e aceitar a situação. Só assim poderemos evoluir para soluções efectivas Não vai haver qualquer crescimento. Pelo menos antes de cairmos bastante. Não estamos a passar por uma qualquer crise, de onde se recupera para a situação de origem. Estamos a ajustar em baixa, para um ponto situado bem abaixo daquele que alguma vez teremos pensado poder cair um dia.
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