No espaço de uma semana, não podiam ser piores as notícias para Portugal. Foram anunciados o maior desemprego de sempre e o maior risco de sempre para a dívida pública portuguesa.
Governar o país é difícil. Mas o primeiro dever do Governo deveria ser o de contar a verdade aos portugueses, em vez de estar sempre a iludi-la ou negá-la como sistematicamente fazem Sócrates e os seus ajudantes. Ou até de mentirem, mostrando triunfalismos saloios e absurdos sobre a evolução dos principais dados da economia.
Sem a verdade, não se mobilizam energias para a tarefa da recuperação.
Mas a quem tanto mentiu e persistiu na mentira, é impossível falar verdade, por uma vez que seja. Até porque equivaleria a confessar o erro, a mentira e o fracasso.
Nada, pois, há a esperar deste governo, a não ser sucessivos recordes negativos do desemprego e da dívida. Até que os credores se recusem a financiar e os desempregados derrubem o governo.
7 comentários:
Mas a mentira pode dar rendimento aos titulares dos cargos políticos. Por isso é que ela é aplicada, para roubar as pessoas que confiam nos detentores desses cargos.
É impressão minha ou o ambiente de fim de festa que já se respirava há uns anos em Portugal está a tornar-se o ambiente dominante em todo o país, de alto a baixo?
Não temos de nos preocupar, Pinho Cardão, pois está tudo sob controlo: défice, dívida, desemprego - tudo sob controlo...
O défice não é problema pois, como já sabemos, não depende das receitas e das despesas, depende sobretudo da industria de tapeçaria...
O desemprego dá confortáveis sinais de estabilidade (M. Economia)...
A dívida é tão procurada, que nunca teremos problemas de financiamentO - e os juros da dívida até estão a cair segundo o último Boletim da Execução Orçamental...
Preocupações, para e porquê, então?
De pior a muito pior...
Dessas verdades inquinadas
retiram-se muitas conclusões,
ficando assim explanadas
tantas e tão falsas ilusões...
É por notícias como esta que até considero positivo para o país que tenha sido aprovada a vigilância de Bruxelas sobre os orçamentos nacionais. Perdemos soberania, é certo, mas só porque não a soubemos merecer. Em vez de desembarcarem no Figo Maduro os homens (ou mulheres) do FMI, teremos os alemães a impor-nos as regras que nos vão fazer doer, mas que podem endireitar as nossas finanças, como em tempos fez o Professor António, o que veio de Coimbra.
Confesso que estou a passar por uma fase estranha:
Depois de alguns anos em que me repugnava a atitude arrogante do nosso PM, passei uma fase em que instintivamente mudava de canal sempre que o mesmo aparecia.
Actualmente sinto uma atracção estranha pelos seus discursos, como se, não acreditando que seja possível tamanha sem vergonhice, aguardasse por uma transfiguração a qualquer instante... pois não me parece humanamente possível que alguém consiga manter um discurso destes, com tantas contradições, durante tanto tempo... , mas não, parece o coelhinho da Duracell... é realmente impressionante......
Como o Freire de Andrade e o seus homónimos os Generais Freires de Andrade, que entre a cavalaria pesada Prussiana, como outrora os dragões de Gales, para pôr ordem num povo brando e provinciano (e que desastre Deus meu, quando os provincianos tomam conta dos palácios de S.Bento e da Ajuda, como se nesses palácios do planalto sopra-se uma aragem de incontinência e de garraiada de forcados de fatiota) incapaz de levantar os dois pés ao mesmo tempo.
Bem haja, bom Jesuses da Renânia e do Alto Palatinado!
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