A culpa do aumento da despesa pública não foi da crise, como diz o Governo. Não, a culpa deve-se ao Governo.
De 2005 a 2008, período pré-crise, o governo aumentou a despesa pública corrente em 12,6 mil milhões de euros.
Todos os anos o aumento foi real, superior à inflação. E todos os anos o acréscimo foi superior ao do PIB. Se em 2004, a despesa corrente significava 42,1% do PIB, em 2008 já representava 43,2%.
No mesmo período, os impostos e as contribuições para a segurança social aumentaram 13,5 mil milhões de euros. E passaram de 34,7% do PIB para 37,5% do PIB.
O governo não controlou a despesa; pelo contrário, gastou à tripa forra. E pediu um esforço desproporcionado aos portugueses, com implicações directas no estado da economia.
Afirmar o contrário, como faz o Governo, é tratar-nos como lorpas!...
(A continuar)
3 comentários:
... Basta!
Entre contas amputadas
e trapalhadas constantes
ficam mentiras atadas
a desilusões gritantes!
Dessa prova do algodão
que não costuma enganar
emerge tanta podridão
tão pronta a endrominar…
Faltará pouco para explodir
esse escândalo orçamental,
nunca é tarde para aludir
contra quem definha no pedestal.
Será que Portugal, apesar de ser um país que “se está a afundar em dívidas”, consegue competir com o Canadá para o tão ambicionado lugar na ONU?
Já ficou amplamente demonstrado em anos anteriores que não é pelo congelamento de salários da função pública que as coisas se resolvem porque, apesar disso, as despesas correntes, nomeadamente as de pessoal subiram SEMPRE.
Reduzir também não me parece ser o caminho. Por mim, se não tiver, por exemplo subsidio de férias, fico em casa. E, mesmo não gastando muito, deixo anualmente no Algarve dinheiro suficiente para pagar três meses de ordenado a um empregado do sector hoteleiro...
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