O que é exigível é que as entidades responsáveis pelo pagamento das pensões informem os pensionistas sobre as deduções efectuadas na pensão bruta, parcela a parcela, sejam impostos, acertos, cortes, duodécimos ou outros descontos e as taxas aplicadas. São muitas as parcelas em Fevereiro porque são muitos os ajustamentos, mas mais uma razão para que o recibo da pensão seja explicativo. Não se entende porque não o fazem. Se os pensionistas entenderiam ou não o detalhe já é outra coisa, porque de facto não se afigura fácil. Encaminhá-los para esclarecimentos na Internet, como li numa outra notícia a propósito deste caso, é outra coisa mal feita, se há infoexclusão é justamente neste grupo populacional. Que mais dizer sobre este caso?
10 comentários:
Exactíssimo. Estou farto de fazer contas para saber qual é o novo valor da minha pensão, não só da pensão bruta como do valor que deverei receber a partir de Março, visto que sei que o valor de Fevereiro é irrepetível, pois contém, segundo suponho, a rectificação do valor pago em Janeiro. Pois, mesmo consultando as tabelas da retenção na fonte, não consigo saber quanto ganho. Da SS, silêncio absoluto. Tentei telefonar, mas não respondem. Na loja do cidadão as senhas estavam esgotadas. É certo que não conhecia a sugestão de is ao Portal do Cidadão. Veremos.
Descobri agora por que razão estava às escuras. O esclarecimento da SS de como se calcula o novo valor da pensão só foi publicado hoje, 19, quando eu procurei logo após ter recebido a pensão no dia 10 (melhor, dia 8, visto que 10 foi Domingo). Obrigado pela informação.
«Que mais dizer sobre este caso?»
Nada!
É por demais evidente o interesse dessas entidades, que os pensionistas não percebam porque estão a ser deduzidos nas suas pensões.
Além disso, ou seja, além da questão da infoexclusão, ha um serviço público que deve ser prestado pela televisão do estado. Dado ser esse meio audiovisual assistido pela maioria dos idosos, porque não criar uma rúbrica de esclarecimento destes e de outros assuntos que são de interesse capital para todos?!
Aqui está quem pode explicar tudo em detalhe:
"Jorge Jardim Gonçalves, titular de uma das pensões mais altas do País, só paga contribuição extraordinária de solidariedade (CES) sobre um terço dos cerca de 170 mil euros de reforma mensal.
O resto do valor não é apanhado pelo polémico imposto, que o Governo criou com o objectivo de exigir uma contribuição "solidária" a quem aufere pensões acima da média. A excepção ..."
- Negócios On Line
vivo da magra pensão mas sei:
1 que o ps fez falir o rectâangulo pela 3ª vez e de forma definitiva
2 que é necessário conseguir pagar os juros e depois a divida do ps
3 que é necessário emagrecer o monstro público em vez dos contribuintes
4 que é necessário regresso ao sector primário pois importam-se 80% dos alimentos
Cara Margarida,
Entendamo-nos: se está tudo às escuras, porque "carga de água" haveriam os pensionistas de não estar?
Não acha que em matéria de "escuridão" se devem aplicar, tal como noutros domínios da vida colectiva, os princípios constitucionais da equidade e da proporcionalidade?
Falta de confiança, falta de confiança nas autoridades.
Visto o valor de Fev, concluí dever passar a receber em Março, com metade da redução agora apanhada (sobre os dois meses).
Mas a economia deve ter razões que a minha razão desconhece.
E esta mania de acreditar nas autoridades, ainda acaba mal.
Margarida, mesmo quando está "explicado", como acontece com os recibos da CGA, são quase impossíveis de compreender e, muito menos, de fazer compreender a quem está à espera da sua pensão do costume...
Caro Freire de Andrade
Ainda bem que conseguiu saber mais alguma coisa.
Caro Bartolomeu
Serviço público de televisão? Era bom, era!
Caro Floribundus
São muitas as necessidades, uma lista infindável...
Caro Dr. Tavares Moreira
Seja um direito ou uma obrigação, concordo plenamente que deve ser de aplicação universal, é uma questão de justiça.
Caro Bmonteiro
Às "escuras" é difícil encontrar a confiança...
Suzana
Sim, é inelegível. Escrevi o post porque passei umas horas a decifrar os recibos de uns pensionistas da CGA. E não os consegui descansar, já não bastam os valentes "cortes" que levaram!
Floribundus:
4 vezes, esqueceu-se da 1.ª, em 1891.
Foram 4 as vezes que o PS fez falir o país.
1891 - 1.ª bancarrota no tempo da Monarquia Constitucional. Tinha havido a Regeneração e seguiu-se um plano de modernização do país com dinheiros emprestados, sob a batuta de Fontes Pereira de Melo. Deu em bancarrota.
1977 - 2.ª bancarrota, no tempo do 1.º governo constitucional de Mário Soares (havia tomado posse a 23/9/76, poucos meses antes do pedido de ajuda). Anteriormente tinha havido a crise petrolífera de 1973, que dera origem à frase «estamos em tempo de vacas magras», de Marcelo Caetano. A economia, que conhecera um período de grande crescimento na década de 60, entrou numa trajectória irremediavelmente descendente até hoje, com ligeiras flutuações de crescimento e outras de clara recessão. À crise petrolífera de 1973 seguiu-se o PREC, em que o PIB caiu para: 1974: 1,1% e 1975: 4,3% negativos.
1983 - 3.ª bancarrota, no tempo do governo do Bloco Central (PS e PSD). O governo tomara posse a 9/7/83, sucedendo-se a 3 governos do PDS e CDS: VI, de Sá Carneiro, de 3/1/80 a 9/1/81, VII, de Pinto Balsemão, de 9/1/81 a 4/9/81 e VIII, de Pinto Balsemão, de 4/9/81 a 9/7/83. O PIB variara: 1980: 4,6%; 1981: 1,6%; 1982: 2,1% e 1983: 0,2% negativos.
2011 - 4.ª bancarrota, no tempo do governo Sócrates, após 25 anos de entrada na CEE, e dos milhões de milhões de euros de fundos, gastos em auto-estradas, no CCB, nas Capitais Europeias da Cultura, na destruição das Pescas, da Agricultura e da Indústria, na EXPO98, nos Estádios de Futebol, na Casa da Música. Obra dos governos de Cavaco e Silva (10 anos), Guterres (6 anos), Durão Barroso (2 anos), Santana Lopes (6 meses) e de Sócrates (6 anos). O PIB comportou-se assim: 1985: 2,8%; 1986: 4,1%; 1987 – 6,4%; 1988: 7,5%; 1989 – 6,4%; 1990 – 4,0%; 1991 – 4,4%; 1992 – 1,1%, 1993 – 0,2% negativos; 1994 – 1,0%; 1995 – 4,3%; 1996 – 3,7%; 1997 – 4,4%; 1998 – 5,0%; 1999 – 4,1%; 2000 – 3,9%; 2001 – 2,0%; 2002 – 0,7%; 2003 – 0,9% negativos; 2004 – 1,6%; 2005 – 0,8%; 2006 – 1,4%; 2007 – 2,4%; 2008 – 0,0%; 2009 – 2,6% negativos; 2010: 1,3%.
Portanto, quando falar de responsabilidades do PS, não se esqueça NUNCA da 4.ª bancarrota, de 1891.
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