Portugal está um país anestesiado e já nem sequer se indigna!...
É óbvio que a primeira medida,para não dizer a única, com vista a começar a resolver a questão do défice devia ser a diminuição da despesa do Estado.
Ora em 2005, e segundo o próprio Ministro das Finanças, não haverá qualquer redução: disse-o numa entrevista à Rádio Renascença, em que confirmou que a redução do défice de 6,83% para 6,2% se deve “ essencialmente à receita dos impostos”.
Por mim, indigno-me.
E não só contra o Governo, mas também contra os Economistas bem pensantes, que sistematicamente vinham admitindo a necessidade de subir impostos.
O Governo encontrou uma boa justificação: a opinião dos Economistas!...
E tão boa, que até se dispensou de cortar na sua despesa, optando por cortar nos rendimentos dos cidadãos e das empresas!...
Qual a lógica de transferir mais dinheiro para o Estado?
Só vejo uma: fazer com que o Estado gaste mais!...
Como a cultura vigente estabeleceu que a despesa é sagrada, os Economistas que defendem a diminuição de impostos, por razões de crescimento económico, mas também para o Estado gastar menos, são Economistas mal pensantes!...
Foram eles ouvidos por algum órgão da comunicação social, dos que são pagos por todos? Esta é a nossa maldição, a de não ser possível uma nova "cultura"!
Por isso, o verdadeiro “défice” é o défice cultural que consegue justificar uma despesa pública igual a metade do PIB e um país por desenvolver!...
Onde está o bom senso?
2 comentários:
Muito bem!
Não será antes um verdadeiro défice político?
O bom senso exige homens de estado capazes de serem na política tão competentes e válidos como são nas suas vidas profissionais e sociais.
Em Portugal não faltam pessoas com estes requisitos.
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