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segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Dos preciosos tempos da Constituinte de 1975

Colhido no Diário da Assembleia Constituinte, nº 91 de 1975-12-05:

"Solicito a seguinte rectificação ao n.º 89 do Diário da Assembleia Constituinte: na p. 2877, col. 2.ª, l. 34, a seguir à expressão «meu amigo», acrescentar, além de uma vírgula, o seguinte: «comemos da mesma gamela».
Lisboa, 5 de Dezembro de 1975. - Fernando Barbosa Gonçalves (Deputado do PPD)"

:)

3 comentários:

Virus disse...

Caro JMFA,

nem a propósito...convido-o a ler este excelente artigo de Daniel Kaufmann, Director de Programas Globais do WBI (http://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/2005/09/basics.htm) dedicado ao tema "10 Mitos sobre a Governação e Corrupção".

Julgo que o vai achar tão interessante quanto eu, ou qualquer outro Economista sério neste país, e que encontrará muitas das razões pelas quais o nosso país está atrás da Albânia enquanto país atractivo para o investimento estrangeiro.

Digamos que é como que uma ajuda para o seu sonho, que nos colocaria possívelmente a par de uma Finlândia.

Enfim, se calhar era bom se houvesse um partido político que utilizasse este estudo como "road map" para a criação de um programa político de combate à corrupção...

Alguns pontos aliás já os tentámos implementar, mas a meu ver sem grande sucesso...

Anónimo disse...

Um bom artigo, na verdade. Agradeço a Virus a recomendação. E é como escreve, algumas das propostas ali feitas, designadamente em matéria de transparência da vida pública, já as temos consagradas na lei. Sem grande reflexo no desenvolvimento, é verdade. Sendo também certo que o desenvolvimento não depende somente destes factores.
Tenho porém o sentimento de que para além desta perspectiva "macro", isto é, para além dos aspectos da relação entre boa governação (detesto a palavra governância)e combate à corrupção existem outros factores que influem na criação de condições de melhoria da situação. Constituem, de resto, parte de um diagnóstico tantas vezes feito mas esquecido por quase todos os que têm responsabilidades na reforma da Administração: a burocracia e a falta de transparência, que se mantêm não por falta de lei mas por existência de más práticas. Dificultando-se a vida aos cidadãos e às empresas nas relações com o Estado (aos seus mais variados níveis), cria-se o clima para o favorecimento ilegítimo e para a chamada "pequena corrupção", tantas vezes responsáveis pela alteração das condições de competitividade que reclamam por equidade no tratamento dos problemas de cada um.
No demais, meu Caro Virus, mesmo acordado AINDA me não sinto Albanês...

Virus disse...

Pois...de facto Albanês ainda não me sinto, mas pelo andar da carruagem já faltou mais...,

O que me entristece profundamente é ver aquilo que todos nós aprendemos na teoria (pelo menos todos nós que estudámos na área das Economias) não ser aplicado na prática, e ver o que eu (e muitos outros) chamamos de Custo da Oportunidade perdido...e esse meu caro JMFA quando está perdido é para sempre...

O meu receio é que contínuamos a seguir, erradamente, os mesmos erros do passado (recente diga-se) e a perder todas as oportunidades que o tempo nos dá... e essas não voltam...