Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

E se o Director-Geral não tivesse uma filha enfermeira?

Vinha no carro e ouvi na rádio que o Director-Geral da Saúde ameaça não renovar o contrato com a empresa que gere a Linha Saúde 24. Estará no seu direito, não discuto. Mas os argumentos utilizados não lembrariam ao mais pobre diabo!...
Segundo pude entender da peça jornalística, existe um diferendo entre a Administração dessa parceria público-privada e os enfermeiros, devido às trocas de serviço a que procedem sem conhecimento e autorização superior. Diz o Director -Geral, e eu ouvi, que alterações dessas se fazem desde que há enfermeiros. E para atestar definitivamente tal afirmação, deu como exemplo o que se passa com a própria filha, que é enfermeira!...
Posso então concluir que as alterações de serviço constituem um dos requisitos essenciais da profissão de enfermagem, que um profissional que se preze tem que cumprir. E que a filha de S. Excia é dada como exemplo de perfeito cumprimento das regras!...
E se o Director-Geral não tivesse uma filha enfermeira? Como é que avaliaria a questão?

4 comentários:

Helder Ferreira disse...

Também ouvi o (permita-me) Duende da Saúde embora já não tenha apanhado a coisa de ter uma filha enfermeira. Ora se o entendi bem, o trabalho na Linha Saúde 24 funciona e deve funcionar em auto-gestão e quem paga não tem nada que ver com isso. Paga e não bufa. Aliás desde que existem enfermeiros que a casta funciona como entende. Faltam-me os adjectivos.

Pinho Cardão disse...

Caro Helder:
Também foi isso que eu intuí da notícia da Antena 1.

Frederico Lucas disse...

Caro Pinho Cardão,
O passado recente da tragédia na família do Director Geral de Saúde justifica esse desvio no seu discurso.
Nas mesmas circunstâncias, nenhum de nós conseguiria ter lucidez para o fazer de forma diferente.

Aceite um abraço


Frederico

Pinho Cardão disse...

Caro Frederico Lucas:
O post foi feito no mais absoluto desconhecimento de dramas pessoais recentes na vida do senhor Director-Geral da Saúde. Claro que, se soubesse, e não sei, não escreveria o texto.