Eis um caso da mais chocante exclusão social, o aqui relatado sem piedade pel´O Insurgente.
Para meditar sobre os excluídos deste país, sujeitos ao ultraje de um rendimento mínimo e ainda por cima constantemente incomodados e perseguidos por uma polícia ao serviço desta sociedade que os gera e depois não se quer responsabilizar por eles.
12 comentários:
É claramente um caso gritante de exclusão.
E tudo, julgo eu derivado da triste constatação do modelito do carrinho.
Um Smart Forfour cabriolet, tzzz.
O L.C. estava seguramente alcoolizado, caso contrário teria tido a lucidez de explicar aos agentes da PSP, que não poderiam multar um condutor de um Micro machine, ou de um modelo da Matchbox (passo a publicidade).
Mas esta juventude não pensa...
Pois é, meu caro Bartolomeu, com a idade a criatura desenvolverá outras faculdades e não deixará de dar justificação mais curial.
Passados uns minutos da colocação do post, eis que "amigo" me faz chegar comentário lamentando o meu "cinismo reaccionário".
Vá lá. Pelo menos um leitor percebeu...
É uma vergonha este país. E o sacana do polícia, ainda por cima prendeu o moço, coitado, que explicou de forma clara e totalmente justificada a sua actuação, exemplar a todos os níveis! Proponho que seja criado imediatamente um grupo de trabalho parlamentar para criar legislação específica que vise salvaguardar os direitos dos que sofreram desgostos amorosos! E que se lhes seja dado um subsídio de integração social-afectivo, de pelo menos 6 meses, ou até encontrar um par (de seu agrado...) que colmate o desequilíbrio emocional.
E também defendo a entrega compulsiva de automóveis a diesel com estilo desportivo para os jovens necessitados (ao estilo do programa e-escolas). Eram só para quem os podia comprar não? Isto é a esquerda moderna!
'tadinho do moçoilo. Uma pessoa agora já não pode beber uns copos por ter tido um desgosto amoroso. Querem ver !!!
a responsabilidade não é (tanto)dele, por ter RSI.
é de quem lhe concede o RSI e não fiscaliza as condições de vida do moçoilo.
... até onde deve ir a solidariedade ?
http://riquita1303.blogspot.com/2009/01/at-onde-deve-ir-solidariedade.html
é uma questão (bem) levantada por uma amiga, médica no Fernando Fonseca.
Aqui fica para reflexão, neste "momento BE" criado pelo Dr. F. de Almeida
:-)
A questão colocada pela sua amiga, essa sim, dá que pensar...
Caro Ferreira de Almeida, este seu post é interessantissimo. É que a situação descrita quase parece uma caricatura. A caricatura é por natureza o exagero, a redução ao absurdo duma situação real. Ora, aquilo que o Insurgente nos descreve é ao mesmo tempo absurdo e real. Donde não posso senão ficar muito preocupado com onde estarão os limites para a loucura em Portugal, para a falta de noção, para a total ausência de limites seja para o que fôr.
Querida Pézinhos, há muito que não tinha o prazer de a ler e folgo muito em ve-la de volta esperando eu que estas suas linhas signifiquem que está tudo bem consigo. E traz-nos uma questão importantissima a vários niveis, inclusivamente a ter em conta nos debates e questões sobre os migrantes que um país pode receber. Até onde vai a solidariedade, até onde vão as capacidades dum país para ser solidário com o resto do mundo?
Caro Zuricher retribuo dizendo-lhe que também tenho muito gosto em "lê-lo".
Tenho estado um pouco ausente, é verdade. E o Caro Zuricher percebeu essa ausência. Este ano que acabou foi o pior ano da minha vida. Porque perdi o Meu Maior Amigo. Perdi o Meu Pai. Até agora foi a dor mais aguda, em termos afectivos, que conheci. Ainda não estou recomposta desta importante perda na minha vida. E creio que nunca estarei ... É uma dor que me acompanhará para sempre.
Quanto ao tema que eu aqui trouxe, o mérito não é meu, mas sim da Dra. Cristina Vieira, que trabalha como médica internista, num hospital que é uma verdadeira babilónia de culturas.
É um tema delicado de emitir opinião, porque facilmente corremos o risco de passar por xenófobos e outras coisas mais.
Esta médica tem um contacto muito próximo com populações migrantes e posso-lhe garantir que além de ser uma pessoa muito solidária, tem uma postura anti-racista.
Foi precisamente por isso que considerei de relevar a sua (dela) questão sobre os limites da nossa solidariedade para com as populações migrantes.
Cumprimento-o com Amizade, e desejo-lhe um Bom Ano de 2009, sobretudo com Muita Saúde.
Querida Pézinhos, lamento muito saber dessa sua perda e envio-lhe um forte e caloroso abraço de solidariedade. A minha tentativa possivel para levar algum aconchego em tempos que sinto serem muito dificeis para si.
É bem verdade que o tema que nos trouxe é potencialmente dificil de debater nestes tempos do politicamente correcto e em que é fácil ser rotulado como xenófobo. A minha questão ao longo dos tempos, todavia, tem sido outra bem diferente. Alguma sociedade se pode dar ao luxo de, a bem do politicamente correcto e para manter essa capa de correcção, prejudicar aqueles que vivem nela inseridos de pleno direito?
São questões já de si complicadas e juntar-lhes os politicamente correctos e o medo dos rótulos é trazer-lhes uma complexidade adicional se calhar sem necessidade nenhuma.
Desejo-lhe um feliz 2009 e permita-me a ousadia de recordar-lhe a Sinfonia Pastoral e as imagens que a musica sugere como companhia para estes dias. A violenta tempestade diminui de intensidade lentamente e ao seu ritmo próprio, sendo por fim substituída pela primeira luz dum novo dia. Daí evolui-se e segue-se para o retomar da vida na sua plenitude.
Um grande bem-haja!
Cara Pèzinhos:
Compreendo bem essa perda e aqui vai a minha solidariedade.
Melhor ano virá, é a esperança que nos move!...
Permita-me, Pézinhos, que me associe às palavras dos amigos que me precedem.
Por ordem de mensagem, Caros Zuricher, Dr. Pinho Cardão e Dr. J. Ferreirea de Almeida, fiquei muito emocionada com a vossa sincera mensagem. Muito obrigada, do fundo do coração. Bem Hajam.
Nota- a perda daqueles que amamos muito é extraordinariamente dolorosa. Mas torna-se ainda mais dolorosa quando nos acompanha a sensação (e a dúvida), que essa perda se prende mais com a falência de um sistema de saúde público, e não tanto com o evoluir natural da doença e da idade avançada, de uma pessoa idosa doente. Por agora, não devo, nem posso falar. Aguardo serenamente os resultados de peritagem pela Ordem dos Médicos que me permita obter uma certeza. Devo isso ao Meu Pai, a mim própria e à Sociedade.
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