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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A teoria da relatividade

A RTP , estação de serviço público, resolveu ontem informar que o "outono com pouca chuva deixa barragens abaixo do normal", frase escrita que ia passando ao fundo do écran, acompanhando o noticiário lido pelo jornalista de serviço.
Para comentar a notícia, foi convidado o Presidente do Instituto da Água que, perante a questão, referiu que a situação era normalíssima. E até pormenorizou com a situação das diversas bacias hidrográficas. Tal não impediu que, enquanto o Presidente demonstrava a situação normal que se vivia, a frase continuasse a passar, desmentindo categoricamente e em tempo real, as palavras do convidado. E, no fim, acabada a entrevista, o jornalista tornou a dizer que "outono com pouca água deixa barragens abaixo do normal".
Compreendo a atitude do jornalista e outra coisa não seria de esperar. À vista da água que a RTP mete, é natural que todas as albufeiras lhe pareçam secas que nem deserto...

7 comentários:

Tonibler disse...

Ora aí está o lema de um bom jornalista. Nunca deixar que a realidade estrague uma boa notícia.

Pinho Cardão disse...

Ora aí está o verdadeiro critério jornalístico...

Jorge Oliveira disse...

Os jornalistas nacionais fazem frequentemente figura de parvinhos ou de ignorantes.

Porque, de um modo geral, estão engajados à esquerda. E na esquerda só se pode dizer aquilo que é politicamente correcto na perspectiva do directório.

Claro que não acontece apenas na esquerda, mas na esquerda acontece obrigatoriamente, a propósito de qualquer assunto.

jotaC disse...

Pois é, cada vez mais se nota a falta de rigor e profissionalismo a que cada um compete no desempenho das suas funções. E isto dá que pensar: se esta fornada, agora no activo, que apesar de tudo ainda gastou muito rabo nos assentos das cadeiras das escolas tem atitudes destas, imagine-se o rigor da fornada que aí vem das novas oportunidades…

Anónimo disse...

É o que mais se vê na RTP como nos restantes canais, valha a verdade.
Há dias uma entrevista a um fulano também a propósito de uma suposta investigação feita por uma jornalista, assemelhava-se a um daqueles interrogatórios policiais, nos quais o detido, resistente a confessar-se culpado, só se levanta da cadeira quando confessar. Só que a criatura resistiu estoicamente, sem qualquer concessão.
Não deve lá voltar. Pelo menos como especialista na matéria...

Pinho Cardão disse...

Caro Jorge Oliveira:
De facto, o politicamente correcto é, na maioria das vezes, o melhor sinónimo de ignorância,parvoíce e cobardia.

Caro JotaC:

Bem dito!...

Caro Ferreira de Almeida:
Mas a RTP tem especiais responsabilidades, pelo que são menos toleráveis as suas irresponsabilidades...

Lura do Grilo disse...

É de facto um disparate. Chove quase tanto após 1 Janeiro quanto antes de 1 de Janeiro.