Paris, sábado, 3 de Janeiro de 2009, 18 horas.
O centro da cidade é um pandemónio, por força da manifestação convocada pelos Palestinianos contra a invasão de Gaza. Avenidas cortadas ao trânsito, filas intermináveis de automóveis parados, pessoas despejadas dos autocarros impedidos de circular, polícia de choque por todos os lados, pessoas correndo e falando alto ao telemóvel, dando sinais de agitação. Adiante, a manifestação, compacta, plena de cartazes contra o “genocídio do povo de Gaza”, gritada de contínuas palavras de ordem e de fúria nos olhares. Mulheres, maioritariamente de lenço ou revestidas das mais recatadas vestes muçulmanas, alinhavam nas primeiras filas.
Na frente da manifestação, vandalismo, com montras partidas, alguns carros incendiados, bandeiras dos Estados Unidos e de Israel queimadas.
Na zona da Ópera, era impressionante o aparato policial, com largas dezenas, senão centenas de carros de transporte de polícias alinhados para partir a qualquer chamada. Mais tarde, no hotel, vi que forças da esquerda francesa se tinham juntado à manifestação e eram entrevistadas nos telejornais.
Impressionante o aparato das forças convocadas para minimizar eventuais excessos. A Ministra do Interior, Michèle Alliot Marie mostrava, à evidência, não brincar em serviço, pese o custo fantasmagórico dos meios e da logística no terreno, que os franceses tiveram que suportar numa manifestação a que eram totalmente alheios.
E impressionante também a argumentação de alguma esquerda francesa, esquecendo que a luta de Israel não é apenas a luta dos partidos da direita, mas também a luta dos seus partidos irmãos israelitas, afinal uma luta de sobrevivência em que todos estão empenhados.
O oportunismo e a hipocrisia, de facto, não têm fronteiras. São grandes, cá e lá. Servem-se de tudo, até do sofrimento e do sangue vertido, que não escolhe esquerda, centro ou direita.
O centro da cidade é um pandemónio, por força da manifestação convocada pelos Palestinianos contra a invasão de Gaza. Avenidas cortadas ao trânsito, filas intermináveis de automóveis parados, pessoas despejadas dos autocarros impedidos de circular, polícia de choque por todos os lados, pessoas correndo e falando alto ao telemóvel, dando sinais de agitação. Adiante, a manifestação, compacta, plena de cartazes contra o “genocídio do povo de Gaza”, gritada de contínuas palavras de ordem e de fúria nos olhares. Mulheres, maioritariamente de lenço ou revestidas das mais recatadas vestes muçulmanas, alinhavam nas primeiras filas.
Na frente da manifestação, vandalismo, com montras partidas, alguns carros incendiados, bandeiras dos Estados Unidos e de Israel queimadas.
Na zona da Ópera, era impressionante o aparato policial, com largas dezenas, senão centenas de carros de transporte de polícias alinhados para partir a qualquer chamada. Mais tarde, no hotel, vi que forças da esquerda francesa se tinham juntado à manifestação e eram entrevistadas nos telejornais.
Impressionante o aparato das forças convocadas para minimizar eventuais excessos. A Ministra do Interior, Michèle Alliot Marie mostrava, à evidência, não brincar em serviço, pese o custo fantasmagórico dos meios e da logística no terreno, que os franceses tiveram que suportar numa manifestação a que eram totalmente alheios.
E impressionante também a argumentação de alguma esquerda francesa, esquecendo que a luta de Israel não é apenas a luta dos partidos da direita, mas também a luta dos seus partidos irmãos israelitas, afinal uma luta de sobrevivência em que todos estão empenhados.
O oportunismo e a hipocrisia, de facto, não têm fronteiras. São grandes, cá e lá. Servem-se de tudo, até do sofrimento e do sangue vertido, que não escolhe esquerda, centro ou direita.
1 comentário:
Também vi na televisão, que noticia abundantemente a "indignação" de um dos lados da guerra, expressa em manifestações e cartazes ameaçadores que seriam intoleráveis se empunhados por outra guerra qualquer. Também vi a entrevista a Shimon Peres, que fala em nome do Estado de Israel. Completamente de acordo com o seu post.
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