Aproveitando o período do inverno, o aquecimento global parou para manutenção. Pedimos desculpa pela interrupção.
Aproveitamos também o interregno para delinear as próximas campanhas de marketing.
Depois da pausa, o aquecimento surgirá mais revigorado que nunca!...
23 comentários:
Caro Pinho Cardão
Permita-me discordar, o Aquecimento Global foi para as Bahamas, acho que volta no Verão???!!!
Cumprimentos
João
O facto de haver anos em que chove no deserto não demonstra que o deserto não seja seco.
Há uma enorme diferença entre observação meteorológica e análise climática, mesmo que haja estreitas relações entre as duas.
henrique pereira dos santos
A Terra está a arrefecer, dizem os amadores da NASA
Quer esteja a arrefecer quer a aquecer não é seguramente a partir de observações de curto prazo que se pode fazer a discussão.
É tão absurdo relacionar o calor de um ano concreto com o aquecimento global como negar que existe aquecimento (ou arrefecimento, como se queira) relacionando-o com o frio de outro.
henrique pereira dos santos
Em português temos um bom ditado para aplicar ao assunto : uma andorinha não faz a Primavera.
Pois é. Mas o que está em causa não é nada disso. É apenas a contradição dos fanáticos do global warming.
Em qualquer dia de Inverno mais ameno, eles vêm logo para os jornais e televisões (onde encontram todo o apoio dos esquerdistas que tomaram conta da comunicação social, não perder de vista este aspecto porque é decisivo) onde se põem aos berros de que aí está a prova do aquecimento global.
É por isso que merecem ser criticados, ou mesmo gozados, quando se sente um frio dos diabos e eles metem o rabo entre as pernas, vão hibernar ou simplesmente se põem a assobiar para o lado, a fingir que não é nada com eles. Como querem fazer dos outros parvos, não podem esperar contemplações.
Caro Jorge Oliveira,
Visto desse ponto de vista a discussão das alterações climáticas seria assim uma espécie de campeonato de futebol onde os de leixões gozam com os do Porto quando vão à frente, sabendo que serão gozados pelos do Porto quando perderem.
A diferença é que é absolutamente indiferente quem ganha os campeonatos de futebol, mas não é indiferente quem tem razão nesta discussão.
Se queremos elevar o rigor da discussão não podemos aceitar quer a atitude dos que ao mínimo calor falam de aquecimento global, nem os que ao mínimo frio transformam um dos debates centrais da sociedade numa brincadeira de claques de futebol.
Acho muito bem que se faça humor com coisas sérias, é mesmo bastante saudável rirmo-nos de nós, mas é bom evitar que esse humor seja apenas uma cortina de fumo para evitar a discussão séria sobre os assuntos sérios.
E o que verifico nos comentários, mais que no post que é só uma piada mais ou menos descomprometida, é que há quem ache mesmo que a questão das alterações climáticas é uma guerra de alecrim e manjerona.
E isso é um erro trágico.
henrique pereira dos santos
O aquecimento global é indiscutível (a prová-lo está o degelo e o consequente aumento do nível médio das águas do mar) mas, desde que me conheço, sempre houve invernos rigorosos e outros amenos.
Caro HPS :
Esta questão, para mim, não tem nada a ver com disputas futebolísticas. E como parece que fui mal interpretado, permito-me reproduzir aqui, quase na íntegra, um comentário que já deixei num outro blog a propósido do mesmo assunto e que dá uma ideia da minha apreensão acerca do que está em jogo e da reprovação que me merecem os alarmistas climáticos.
Estão em causa interesses volumosos e consequências que podem tocar o bolso de muita gente. Os adeptos do global warming estão preocupados com o degelo dos polos e com a subida do nível do mar e propõem medidas que, além de inúteis para o efeito, vão agravar estupidamente o preço da energia, como acontece com as famosas licenças de emissão de carbono, medidas que são muito bem recebidas pelos intermediários financeiros que vão cobrar as comissões, mas que fazem aumentar a tarifa de electricidade de forma insidiosa.
E como eu conheço um dos bolsos de onde vai sair esse dinheiro todo, e não estou minimamente disposto a enriquecer mais vigaristas de colarinho branco, oponho-me firmemente a uma trapalhada destinada a colmatar uma ameaça que considero inexistente.
Estou com o Henrique Pereira dos Santos, quando diz, e cito, que "há uma enorme diferença entre observação meteorológica e análise climática, mesmo que haja estreitas relações entre as duas".
E também estou com o Jorge Oliveira , quando diz que "em qualquer dia de Inverno mais ameno, eles vêm logo para os jornais e televisões (onde encontram todo o apoio dos esquerdistas que tomaram conta da comunicação social, não perder de vista este aspecto porque é decisivo) onde se põem aos berros de que aí está a prova do aquecimento global".
E também estou com o JotaC, quando diz que " desde que me conheço, sempre houve invernos rigorosos e outros amenos".
Posto isto, confesso que sou completamente agnóstico em relação ao aquecimento global. O que vejo é argumentos tremendistas de um lado, o dos defensores do aquecimento, e algum "facilitismo" do outro, o dos defensores do não aquecimento. E vejo muito oportunismo. A começar pelo guru em que se tornou o Al Gore, que viu no aquecimento o nicho de mercado para cobrar umas centenas de milhares de dólares por conferência. E a terminar no que o Jorge Oliveira referiu, e podia referir muito mais, que nos obriga a custos elevados para obviar a um mal ainda não comprovado.
Como tal, sou agnóstico na matéria e gostaria, e seria bom, que entidades responsáveis deixassem a ideologia ou pressupostos de lado e explicassem e balanceassem a argumentação que indicia o aquecimento e a que o contraria. Porque há especialistas de um lado e do outro e "comunidades científicas" também de um lado e do outro.
Neste contexto, a minha nota era simplesmente uma pequena charla.
Caro Pinho Cardão :
Reconheço que o assunto, para os não iniciados, pode recomendar uma posição de neutralidade, mas há aspectos que devem ser reconhecidos com facilidade, mesmo por quem nunca aprofundou esta matéria de forma mais científica, bastando para isso usar a cabeça.
Para não me alongar, retenho-me apenas nisto : o planeta Terra, pela distância a que se encontra do Sol e dado o equilíbrio entre a quantidade de energia que recebe e a que devolve ao espaço, deveria revelar uma temperatura média de equilíbrio de cerca de 18 graus Celsius negativos.
Na verdade, a temperatura média à superfície do planeta é de cerca de 15 ºC positivos, o que traduz um acréscimo de 33 ºC, felizmente para todos nós, que podemos aqui viver um pouco melhor.
Essa diferença é uma benção, não tem outro nome, dos gases com efeito de estufa existentes na nossa atmosfera. Ai de nós se não existissem !
Desses gases, o que dá o maior contributo, quase esmagador, é o inocente vapor de água. A seguir vem o difamado dióxido de carbono, outro inocente, por vezes estupidamente acusado de poluente, mas que não é mais do que o fertilizante atmosférico do reino vegetal. Tem um contributo muitíssimo menor do que o do vapor de água, sendo que, no total de dióxido de carbono existente na atmosfera, apenas uma parte insignificante tem origem nas actividades humanas, designadamente na queima de combustíveis fósseis.
Para a nossa escala, todas as quantidades em causa são avassaladoras, porque a atmosfera, apesar de invisível aos nossos olhos, tem uma massa que, em toneladas, necessita de um 5 seguido de 15 zeros. Tudo isto é esmagador, mas o que conta são os valores relativos. E em valores relativos, o que a actividade humana representa é uma gota de água no oceano. E é por causa desta gota de água que os fanáticos alarmistas fazem toda a algazarra que se sabe.
Para um engenheiro, habituado a lidar com realidades que se traduzem por números, tudo isto seria apenas ridículo se não tivesse assumido as proporções que se conhecem. E se não pudesse ter as consequências que se receiam na economia dos países civilizados.
Para finalizar, se o temido dióxido de carbono tem um efeito de aquecimento tão decisivo como os alarmistas asseguram, como diabo explicam eles as situações em que somos presenteados com tanto frio, exactamente o oposto do que andam a pregar? É que, segundo a teoria dos cientistas críticos, percebe-se perfeitamnete a situação, quer quando aquece, quer quando arrefece. Do lado dos crentes, só se percebe quando aquece.
Era isto que estava em causa.
Não querendo abusar da hospitalidade do quarta república transferi a discussão para o blog onde escrevo www.ambio.blogspot.com/
henrique pereira dos santos
Eu fui ver o blog Ambio e, àparte as questões climáticas, registei a observação de Henrique Pereira dos Santos (HPS) : “cidadãos com actividade política relevante acham que a questão do aquecimento global não é uma questão central da sociedade sobre a qual devam ter um mínimo de informação que lhes permita ter uma posição sobre o que fazer, ou não fazer, face ao problema”
Obviamente, HPS está a referir-se às pessoas ligadas ao PSD que participam no blog Quarta República.
Eu penso que, neste aspecto, HPS tem toda a razão. Porque considero altamente criticável o facto de o PSD, como partido que tem a pretensão de governar Portugal, em alternativa à seita ideológica que actualmente nos governa, não ter uma posição clara sobre este e outros assuntos.
Como escrevi no final do meu comentário no 4R, que suscitou a crítica de HPS, as propostas dos alarmistas climáticos têm repercussões dramáticas na economia dos países civilizados.
E algumas consequências estão já a observar-se, como acontece com o acréscimo dos preços da energia eléctrica, que estão já a incorporar os custos de aquisição, pela REN, das inenarráveis licenças de emissão de carbono.
De facto, sendo o PSD um partido de governo, há muito que deveria ter dito aos portugueses que não alinha nas fantasias dos alarmistas climáticos. Mas, infelizmente, também desde há muito que o PSD não tem líderes de jeito e nem sequer esboça um mínimo de debate intelectual sobre muitos dos problemas com que nos confrontamos.
No círculo de notáveis do PSD existe a convicção de que a Macroeconomia é tudo com que a direcção do partido necessita preocupar-se. Enganam-se redondamente. E o PSD vai pagar caro pelo facto de a sua direcção não ligar pevide a nenhum tema de Ciência, Tecnologia e Técnica.
Além da imagem que dão, de perfeitos ignorantes funcionais, perdem em toda a linha com os homólogos do PS, em que, com melhores ou piores intenções, alguma atenção é dada aos outros temas.
Tanto quanto penso que sei sobre este assunto, o reflexo previsivelmente mais notório das alterações climáticas que alegadamente se estão a fazer sentir é, não a variação dos valores médios (por exemplo, o aumento do valor da temperatura média, de acordo com o que aqui se chamou os partidários do aquecimento global), mas sim o aumento dos valores da dispersão das variáveis meteorológicas.
Ou seja, e ainda de acordo com o que me parece ser a principal mensagem dos "partidários do aquecimento global", os desvios padrão das variáveis meteorológicas sofrerão aumentos muito maiores do que as variações dos seus valores médios. A principal característica do aquecimento global será, então, o aumento da variabilidade meteorológica.
Assim, a ocorrência de frios anormais é prefeitamente enquadrável no que se pensa saber sobre o aquecimento global. É até natural que aconteçam cada vez mais frequentemente (acompanhados, é claro, de cada vez mais frequentes calores igualmente anormais).
Pensava que toda a gente sabia isto. Mas é difícil resistir a fazer fazer umas graçolas...
De facto, caro ljma, o assunto presta-se a graçolas.
Até aqui o dióxido de carbono causaria um tremendo aquecimento de 2 ºC, mas só lá para 2100. Ou 2050, como mais recentemente ameaçou o Sr. Pachauri, chairman do IPCC, não vão os governos começar a pensar em cortar-lhe no orçamento para estudos, relatórios e passeatas.
Agora que estamos sob um frio dos diabos, vem mais uma pirueta. Afinal a temperatura média não vai variar assim tanto, mas a variabilidade meteorológica é que aumenta, de forma a englobar grandes desvios para um lado e outra da média e permitindo assim justificar tudo, ondas de calor e vagas de frio. How convenient !
Sinceramente, se isto não é uma graçola, não sei o que será. Qual é o fundamento físico para tal hipótese?
Os partidários do aquecimento global ainda nem sequer conseguiram encontrar o “hot spot” que deveria existir no cimo da troposfera, caso o efeito de estufa estivesse de facto a ser incrementado pelo dióxido de carbono de origem antropogénica, mas não se coibem de avançar com hipóteses alucinantes, como esta, em que decidem alargar a curva de Gauss inventando um maior desvio padrão. Grande ciência, essa!
Jorge Oliveira,
Não sou especialista em meteorologia ou alterações climáticas e por isso sinto que não posso ter uma posição muito vincada sobre esse assunto (pelo que já li, fiquei com a impressão de que o Jorge não tem destes escrúpulos [e está no seu direito, não pretendo negá-lo]). Uma vez que uma percentagem significativa de cientistas climáticos defendem a tese do aquecimento eu, porque creio que eles o estudaram mais aprofundadamente do que eu, tendo a concordar com eles. Só isso.
Mas o que disse nada tem que ver com acreditar ou não no aquecimento global. Francamente, está-me a dizer que nunca tinha ouvido a tese de que, com o aquecimento global vai aumentar a variabilidade meteorológica, ou seja, que serão mais frequentes os fenómenos extremos?! A sério?
Por outro lado ainda, agora a apoiar a tese do aquecimento global, tenho a dizer-lhe que o fenómeno da neve na Beira Interior (onde vivi quase toda a minha vida) era muito mais frequente nos anos setenta do que agora. E não é este nevãozinho (que o é comparado com os que povoam as minhas memórias - mesmo algumas bem recentes) que me convence de que não é verdadeira a tendência da cada vez maior raridade deste particular tipo de fenómenos extremos. Mas cada um tem as suas memórias, pelo que não pretendo, com isto, convencê-lo seja do que for.
Cumprimentos
José Amoreira
José Amoreira
Você torna-se inconveniente quando invoca os seus escrúpulos. Como se eu não os tivesse. Em que se baseia para fazer tal insinuação!?
Se reconhece que não é especialista em meteorologia ou alterações climáticas, como consegue perceber que eu não tenho escrúpulos no que estou a dizer?
Evidentemente, não tem legitimidade para isso. Nem para isso nem para o resto, porque distorce deliberadamente o sentido da minha intervenção. Em que parte do meu comentário é que eu disse que nunca tinha ouvido falar no putativo aumento da variabilidade meteorológica? Claro que já tinha ouvido e lido, mas nestes últimos dias o seu comentário foi o primeiro em que observei tal argumento.
Mas o que mais gostei neste seu último comentário foi a do “nevãozinho”. Em suma, não vale a pena perder o meu latim consigo. Que o aquecimento global lhe seja leve.
Jorge Pacheco de Oliveira
João Oliveira, não perca tempo comigo. Eu também não tenho vontade de manter esta discussão, se é que se pode chamar discussão ao que estamos a ter.
Mas mostre, se para tanto lhe chegar a pachorra, que parte do texto que se segue é que eu *deliberadamente* distorci, e explique (já estou a abusar mas, já agora, insisto) então em que sentido é que eu a deveria ter entendido, por favor.
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João Oliveira disse:
Agora que estamos sob um frio dos diabos, vem mais uma pirueta. Afinal a temperatura média não vai variar assim tanto, mas a variabilidade meteorológica é que aumenta, de forma a englobar grandes desvios para um lado e outra da média e permitindo assim justificar tudo, ondas de calor e vagas de frio. How convenient !
Sinceramente, se isto não é uma graçola, não sei o que será. Qual é o fundamento físico para tal hipótese?
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O "fundamento físico de tal hipótese", o João devia conhecê-lo, já que se afirma familiarizado com ela. Mas cá vai: o aumento da variabilidade meteorológica é um efeito que se observa nas simulações dos modelos climáticos. Claro que isto que acabei de dizer não é um "fundamento físico", mas é uma consequência naturalmente expectável do aquecimento: mais energia disponível para alimentar os fenómenos extremos.
Quanto ao "nevãozito", eu já sabia que as minhas memórias não o convenceriam de nada, nem o pretendi. Tentei apenas mostrar-lhe outra percepção da coisa.
Saudações, francas, amenas e nada, nada, irónicas.
José Amoreira
PS: E agora aqui vai uma graçola da minha parte (também me custa resistir às graçolas): será para responder ao frio que se faz sentir que adopta este estilo tão indignado e ofendido? Diga-me lá: e resulta?
Peço desculpa por abusar mas notei agora que deixei a sua primeiríssima questão por responder. Pergunta o Jorge "Você torna-se inconveniente quando invoca os seus escrúpulos. Como se eu não os tivesse. Em que se baseia para fazer tal insinuação!?"
Pois está bom de ver: na veemência com que afirma que a teoria do aquecimento global é um embuste, veemância que me parece algo excessiva para alguém que afirma ter escrúpulos (ou seja, neste contexto, dúvidas), baseados no facto de não ser um especialista.
Ou será o Jorge um especialista? Parece-me que não (mas concedo que posso estar enganado), dada a facilidade com que descartou (enfatizo: descartou, não contestou), no blog ambio, dados científicos que lhe foram apresentado por um especialista comprovadamente encartado, ou ainda a leviandade (desculpe, mas não encontro outra palavra que melhor se adeque aqui) com que acusa outros especialistas comprovadamente encartados de desonestidade, ou, no mínimo, de cupidez.
Não quero com isto dizer que os especialistas não se enganem ou que nunca tentem enganar terceiros, nem é disso que estamos a falar. Apenas me parece natural que quem efectivamente tem escrúpulos por não ser especialista (ou seja, por possuir um conhecimento em 2ª ou 3ª mão - como é o meu, atenção!), matize a veemência com que fala. Já que mais não seja, por uma questão de recato, para prevenir uma eventual queda no ridículo (e não pretendo insinuar que seja isso o que lhe está a acontecer). Como claramente o Jorge não matiza absolutamente nada, parti do princípio que não tinha quaisquer dúvidas. Pelos visto enganei-me, desculpe. Mas francamente, ainda acha (depois desta longuíssima explicação que, se mais não fosse, mostra que estou a tentar manter uma discussão de boa fé) que estou deliberadamente a distorcer as suas palavras?
Mais uma vez, os meus melhores cumprimentos, nada, nada irónicos! (E, desta vez sem a sombra de um vestígio da mais pequena graçola.)
José Amoreira
Caros Jorge oliveira e LJMA:
Em tempo frio, não há como uma boa discussão para aquecer.
Mas sem excessos. Até porque, se o aquecimento for um facto, já não duramos para o remediar; se não o for, não vale a pena discuti-lo muito.
O 4R está sempre aberto para discussões vivas. Cá os esperamos!...
Caro Pinho Cardão : Esteja descansado que eu não vou prolongar esta discussão.
O meu interlocutor, José Moreira, não merece muito mais atenção da minha parte, já que recorre a um estilo insidioso em que avança uma ofensazinha para logo recuar dizendo que não era bem isso que queria dizer. É o estilo de quem não tem nada de substancial para dizer.
Porque, de facto, José Moreira não disse nada de substancial acerca deste assunto. Foi incapaz de rebater um único dos argumentos que aqui apresentei contra a teoria do aquecimento global.
E não lhe basta confessar que se considera possuidor apenas de uns quantos conhecimentos em 2ª ou 3ª mão. Claro que, de forma recorrente, aproveitou a oportunidade para insinuar que os meus conhecimentos também são em 2ª ou 3ª mão, mas certamente não lhe ocorreu que a esmagadora maioria das pessoas ao cimo da Terra, que não descobriram nada, nem inventaram nada, apenas têm conhecimentos em enésima mão. E eu não me penalizo absolutamente nada por isso.
Mas o que leitor José Moreira aqui revelou não foi bem conhecimentos em 2ª ou 3ª mão. Foi em mão vazia. Ficava-lhe bem estudar um pouco e depois regressar a estes fora mais bem apetrechado. Só que vai ter de bater a outra porta. Para mim, esta discussão está encerrada. Já perdi demasiado tempo, neste e noutros blogs, com adeptos do aquecimento global.
Pinho Cardão, peço desculpa se me excedi, tentarei evitá-lo no futuro.
Jorge Oliveira,
Depois da minha primeira intervenção, limitei-me a responder às suas questões. Que incidiam principalmente nas razões que me levavam a dizer o que disse.
Respondi às suas questões, o Jorge não respondeu às minhas (concretamente, não explicou em quê é que eu tinha deliberadamente distorcido as suas palavras). E não havia insultozinho nenhum no que disse: *eu* matizo a veemência com que falo de coisas que não conheço em primeira mão para evitar cair no ridículo (coisa que já me tem acontecido).
O Jorge acha que eu não disse nada de substancial sobre este assunto? Vou-me repetir, mas que mais posso fazer? Eu disse que a maior variabilidade meteorológica que, de acordo com a teoria do aquecimento global, acompanha as mudanças climáticas previstas no quadro dessa teoria, pode explicar a ocorrência de fenómenos extremos como este nevão. Ou seja, que o nevão não prova que o aquecimento não seja uma realidade.
Meus caros Jorge Oliveira e LJMA:
Longe de mim ter querido terminar, com o comentário que fiz, o interessante e garboso debate de que foram parte muito activa. Nem têm que se desculpar ou considerar que eu não estaria descansado com a discussão. o que gostaria é que não houvesse melindres entre os nossos ilustres comentadores, por nada, muito menos pelo que dizem aqui no 4R.
Aliás, é no fim de uma boa disputa que muitas vezes se selam as divergências com um abraço.
Por mim, um grande abraço aos dois.
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