De facto, pensei e mudei de opinião. No post anterior, alinhei cinco argumentos de natureza diplomática, ética, económica, cultural e demográfica para justificar a mudança. Mas há mais!...
O sexto argumento é deontológico: é que o TGV evita definitivamente a deslocação da Lusa a Madrid, para fazer perguntas ao PSOE e o Governo espanhol sobre o incumprimento português.
O sétimo é antropológico: é que só o intercâmbio propiciado pelo TGV permitirá ultrapassar a fascista e salazarista ideia de isolamento, nomeadamente em relação à Espanha, de onde nunca viria ”nem bom vento, nem bom casamento”, ideia de todo desadequada dos tempos de globalização que vivemos.
O sexto argumento é deontológico: é que o TGV evita definitivamente a deslocação da Lusa a Madrid, para fazer perguntas ao PSOE e o Governo espanhol sobre o incumprimento português.
O sétimo é antropológico: é que só o intercâmbio propiciado pelo TGV permitirá ultrapassar a fascista e salazarista ideia de isolamento, nomeadamente em relação à Espanha, de onde nunca viria ”nem bom vento, nem bom casamento”, ideia de todo desadequada dos tempos de globalização que vivemos.
O oitavo é de cariz social: é que o TGV permite dar uma nova qualidade e rentabilidade à parceria privada, através da implantação de um programa público de subsidiação das viagens a idosos, carenciados e excluídos, de forma a cumprir cabalmente o objectivo mínimo de 9,4 passageiros anuais.
O nono é de mera oportunidade: é que, se não construirmos agora o TGV, prejudicamos a sua construção para todo o sempre, dado os terrenos correrem o risco de virem a constituir uma nova reserva ecológica para abrigar no litoral os excedentes dos linces da Malcata.
O décimo argumento a favor do TGV é que o Governo diz que é investimento estratégico e, neste tempo de crise, se não acreditarmos no Governo em quem é que acreditamos?
Por fim, e para ser justo e equilibrado, vejo também no TGV um gravíssimo inconveniente. É que tem que atravessar alguns rios, com os inerentes problemas de eventuais quedas de pontes, lucidamente definidos pelo Dr. Almeida Santos.
O nono é de mera oportunidade: é que, se não construirmos agora o TGV, prejudicamos a sua construção para todo o sempre, dado os terrenos correrem o risco de virem a constituir uma nova reserva ecológica para abrigar no litoral os excedentes dos linces da Malcata.
O décimo argumento a favor do TGV é que o Governo diz que é investimento estratégico e, neste tempo de crise, se não acreditarmos no Governo em quem é que acreditamos?
Por fim, e para ser justo e equilibrado, vejo também no TGV um gravíssimo inconveniente. É que tem que atravessar alguns rios, com os inerentes problemas de eventuais quedas de pontes, lucidamente definidos pelo Dr. Almeida Santos.
E aqui estão as minhas razões. De facto, só um burro não muda de ideias!...
Nota final: Os argumentos são sérios; diria mesmo, mais ponderados do que qualquer um dos que vêm sendo apresentados pelo Governo!...
8 comentários:
O meu caro Amigo está a provocar, com os seus posts, uma onda de adesão ao TGV!
Olhe que estes argumentos correm a blogosfera como fogo em palha, e o governo pondera mesmo alterar os fundamentos do projecto para incorporar as suas razões.
Ná, não me parece que estes argumentos convençam alguém. Então e o resto? Se houver TGV, os espanhóis vão querer usar os nossos serviços de saúde de excelência. E como são muitos, se calhar até dá para termos filas nos centros de saúde para ter consultas. E vêm para cá ocupar os lugares nas faculdades de medicina e nas escolas secundárias....
Na lógica de negócio que tem caracterizado a gestão da saúde e do ensino superior, o acréscimo de clientela é mais um ponto a favor, meu caro Tonibler.
Simplesmente genial... hehehe
Parabéns Pinho Cardão...
Espero que me não fique aborrecido por ter transcrito o seu post no meu blog
-Admitindo que os acordos assinados com Espanha obrigam mesmo à construção das linhas Porto-Vigo e Lisboa-Madrid, seria mesmo imperioso construir Lisboa-Porto, para poupar 20 minutos?
-Admitindo como ouvi ontem na televisão que Lisboa-Madrid será viável, tal como está(?) a ser um sucesso Madrid-Barcelona, que desviou grande parte do tráfego aéreo entre as duas cidades, se diminuirmos o tráfego a partir do aeroporto de Lisboa, a construção do novo aeroporto continuará a ser uma prioridade?
Caro Pinho Cardão, obrigado pela segunda parte da lição e por nos trazer outros pontos relevantes na execução de qualquer projecto. :-)))
Caro António de Almeida, permita-me responder-lhe
- O TGV de Lisboa ao Porto não vai permitir poupar apenas 20 minutos em relação ao que actualmente existe, nem de longe nem de perto. A viagem em TGV terá uma duração de 1h15 sem paragens contra as 2h35 actuais de Lisboa-Oriente a Porto-Campanhã que poderiam ser 2h30 sem paragens. Com a conclusão das obras na linha do Norte de acordo com o projecto original o tempo de viagem entre ambas poderia ficar em cerca de 2h15. Os 20 minutos de poupança são duma ligação a 300km/h versus uma ligação a 250km/h. Não entre o que existe versus Alta Velocidade.
- Em todos os casos em que se implanta a Alta Velocidade tem-se assistido à transferência de passageiros do modo aéreo (e do rodoviário) para o modo ferroviário. Todavia isto pouco nos diz sobre a necessidade de construir um novo aeroporto. É que um aeroporto tem vôos para muitos destinos e, de Lisboa, o Porto e Madrid são apenas dois numa lista de várias dezenas portanto não é por aí. No ano de 2007, Madrid representou apenas 7,9% dos passageiros movimentados no aeroporto de Lisboa.
Caro Pinho Cardão, acho que vai conquistar a unanimidade para o projecto :)
Caro Luís Melo:
Desvanecido!...
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