Ouvi alguém comentar na rádio que a música nos tempos que correm é um produto descartável que, como tantos outros, produz-se, consome-se e deita-se fora. É um produto de criação intensiva, de grandes ou pequenas séries de produção, embalado por marketing especializado, o seu tempo de novidade é de duração curta e para o comum dos ”ouvidores”, como também acontece com muitos outros produtos, depois de utilizado é esquecido, não deixa rasto.
Mas a música, também, é moda, vai-se construindo e variando de acordo com “padrões” ditados por novas sensações, ganhando novas tonalidades e formas, exprimindo diferentes sabores, necessidades, vontades e desejos, acompanhando a transformação e evolução dos tempos. Por isso, a música é tantas vezes efémera e sujeita a uma curta existência, talvez injustamente, numa atitude de ingratidão por talentosos compositores, instrumentistas e cantores.
Mas como não há regra sem excepção, também é verdade que as pessoas em geral guardam recordações e memórias de músicas e de cantores por associação a períodos da sua vida, como é o caso, por exemplo, do tempo de juventude, e de acontecimentos importantes ou até associados a momentos especiais ou marcantes da vida. Acontece fazermos associações de uma música a sentimentos, pensamentos, pessoas ou lugares e, não raramente, a desejos. As músicas vividas algures no tempo, mais ou menos longínquo, acabam por ser um símbolo de vida, na medida em que nos deixam marcas e contribuem para a nossa formação e são um pouco do nosso “ser”. São músicas que nunca esquecemos, que nos ficam eternamente no coração, os seus cantores e as suas letras vivem connosco, mesmo que nos esqueçamos de as ouvir. São eternas. Quando as ouvimos vibramos, cantamos, embalamos, lembramos e somos como que transportados ao passado, com satisfação e alegria ou com nostalgia e tristeza, depende. Mexem com as nossas emoções, fazem reavivar memórias.
A este propósito lembrei-me do fenómeno musical que são os Abba. Lembram-se dos Abba, quando ganharam a Eurovisão nos anos 70 e da rampa de lançamento para êxitos atrás de êxitos? Não fui ver o filme Mama Mia que ainda está nas salas de cinema, mas há uns anos fui assistir a uma recreação musical dos Abba e gostei imenso.
Numa festa de um Amigo que festejou recentemente 50 anos, em que várias gerações se misturaram, foi impressionante constatar como a música dos Abba conseguiu resistir ao tempo, atravessar gerações e não ter sido enterrada pela música descartável dos tempos modernos. Os mais novos adoram os Abba. É como se, desde sempre, os tivessem conhecido. E o que dizer dos mais velhos? A música dos Abba é um exemplo de intemporalidade.
Hoje sei gostar mais dos Abba do que nos anos 80. Atribuo-lhes uma valorização que só o decorrer do tempo me permitiu fazer. A passagem do tempo tem destas coisas!
Mas a música, também, é moda, vai-se construindo e variando de acordo com “padrões” ditados por novas sensações, ganhando novas tonalidades e formas, exprimindo diferentes sabores, necessidades, vontades e desejos, acompanhando a transformação e evolução dos tempos. Por isso, a música é tantas vezes efémera e sujeita a uma curta existência, talvez injustamente, numa atitude de ingratidão por talentosos compositores, instrumentistas e cantores.
Mas como não há regra sem excepção, também é verdade que as pessoas em geral guardam recordações e memórias de músicas e de cantores por associação a períodos da sua vida, como é o caso, por exemplo, do tempo de juventude, e de acontecimentos importantes ou até associados a momentos especiais ou marcantes da vida. Acontece fazermos associações de uma música a sentimentos, pensamentos, pessoas ou lugares e, não raramente, a desejos. As músicas vividas algures no tempo, mais ou menos longínquo, acabam por ser um símbolo de vida, na medida em que nos deixam marcas e contribuem para a nossa formação e são um pouco do nosso “ser”. São músicas que nunca esquecemos, que nos ficam eternamente no coração, os seus cantores e as suas letras vivem connosco, mesmo que nos esqueçamos de as ouvir. São eternas. Quando as ouvimos vibramos, cantamos, embalamos, lembramos e somos como que transportados ao passado, com satisfação e alegria ou com nostalgia e tristeza, depende. Mexem com as nossas emoções, fazem reavivar memórias.
A este propósito lembrei-me do fenómeno musical que são os Abba. Lembram-se dos Abba, quando ganharam a Eurovisão nos anos 70 e da rampa de lançamento para êxitos atrás de êxitos? Não fui ver o filme Mama Mia que ainda está nas salas de cinema, mas há uns anos fui assistir a uma recreação musical dos Abba e gostei imenso.
Numa festa de um Amigo que festejou recentemente 50 anos, em que várias gerações se misturaram, foi impressionante constatar como a música dos Abba conseguiu resistir ao tempo, atravessar gerações e não ter sido enterrada pela música descartável dos tempos modernos. Os mais novos adoram os Abba. É como se, desde sempre, os tivessem conhecido. E o que dizer dos mais velhos? A música dos Abba é um exemplo de intemporalidade.
Hoje sei gostar mais dos Abba do que nos anos 80. Atribuo-lhes uma valorização que só o decorrer do tempo me permitiu fazer. A passagem do tempo tem destas coisas!
3 comentários:
Margarida:aí está a prova de que, na Natureza,tudo se transforma...
Caro Lusibero
É verdade que tudo se transforma, mas nem tudo é descartável!
Margarida, como diz a canção de Rui Veloso, "não se pode amar alguém que não ouve a mesma canção"...
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