Em plena onda de violência registada no verão do ano passado o ´Expresso´ publicou um artigo que concluía que não era real mas meramente do mundo das sensações, a ideia de que tinha aumentado a criminalidade, em especial a criminalidade violenta. O que se passava era que as pessoas sentiam mais insegurança sem que os números dos anteriores 5 anos o confirmassem. O governo, em especial o ministro Rui Pereira, apoiou-se sempre nesta análise para negar o que para o comum dos cidadãos era uma evidência. Consolou-se com ela e continuou a política omissiva. Comentámos a notícia aqui, manifestando a opinião de que o fenómeno revelava uma preocupante fraqueza do Estado e apontámos os factores.
Escassos meses volvidos, aqui está, agora inegável, a prova.
Apesar do registo oficial de 1100 crimes por dia, dos quais 67 violentos (leram bem), não se esperam, contudo, quaisquer alterações, nem de ministro nem de atitude política. Porque, como então comentámos, as razões que impedem uma reacção à altura são, sobretudo, ideológicas, essas sim do mundo das sensações e dos preconceitos, e não da razão. E quando assim é...
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